Um polo para a agroindústria e #laticinios

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Em Meknes também se localiza uma das quatro fábricas da Centrale Laitière, empresa filial da Danone no Marrocos.

Cidade marroquina de Meknes é o principal centro agrícola do país e abriga a Agrópolis, parque destinado a indústrias do ramo. Um dos destaques é a produção de azeite de oliva.

 

Meknes – A cidade de Meknes, no leste do Marrocos, é o principal centro agrícola do país. “Temos o maior polo alimentar do Marrocos”, ressaltou Hassan Bahi, diretor do Centro Regional de Investimentos da Região de Meknes-Tafilalet. “Esta é uma região com grande potencial de biodiversidade”, afirmou nesta quarta-feira (29) a um grupo de jornalistas brasileiros.

 

Para impulsionar o crescimento do setor na região, o governo criou recentemente um parque agroindustrial, chamado Agrópolis, que está recebendo as primeiras instalações de indústrias do setor, como a suíça Elefante Verde, fabricante de biofertilizantes.

 

O lugar, cuja primeira fase em desenvolvimento tem 130 hectares, deverá abrigar laboratórios de pesquisa e desenvolvimento, tudo dentro do plano Marrocos Verde, criado para dobrar o PIB agrícola do país de 2008 a 2020. A intenção do governo, de acordo com Abdelkarim Ouahchi, assistente de investidores do centro regional, é que o parque se expanda para 450 hectares. Hoje, 15 companhias estão em processo para se instalar na Agrópolis.

 

 

 

Dentro do parque, já se encontra a Agro-pôle Olivier, um centro de promoção da produção e da exportação do azeite de oliva da região de Meknes. “A oliva é uma oportunidade de negócio entre o Brasil e o Marrocos, porque o Brasil é importador de azeite de oliva”, lembrou Noureddine Ouazzani, responsável pelo centro.

 

Hoje, a região de Meknes produz 120 mil toneladas de azeite por ano. “Produzimos 60% do azeite de oliva do Marrocos e exportamos 90% desta produção”, contou Ouazzani. “Nossos azeites são intensos, com gosto mais frutado, que são os mais apreciados pelos consumidores”, avaliou o executivo.

 

Ele conta ainda que a região produz azeitonas de diversos tipos. “Oferecemos não só as marroquinas, mas também as gregas, espanholas e italianas. Aqui em Meknes, se pode produzir a melhor qualidade de azeite de oliva, em nível internacional”, ressaltou.

 

Atualmente, a maior parte do azeite marroquino é exportada para os Estados Unidos, mas o país está de olho nas compras brasileiras do produto. “O Marrocos poderia ter uma parte deste mercado especialmente no azeite de oliva de alta qualidade”, afirmou Ouazzani.

 

Segundo ele, apenas 5% da população mundial consome azeite de oliva. “O mercado potencial é de 95%”, destacou. No Marrocos, o consumo anual de azeite é de apenas dois quilos por pessoa. Na Itália, este consumo chega a 19 quilos, enquanto na Grécia é de 23 quilos por pessoa.

 

Laticínios

 

 

 

Em Meknes também se localiza uma das quatro fábricas da Centrale Laitière, empresa filial da Danone no Marrocos. Com 65% de participação de mercado, a indústria produz 800 mil toneladas de laticínios ao ano, 220 mil só na planta visitada pela reportagem da ANBA.

 

Para 2014, a previsão de produção na fábrica de Meknes é de 249 mil toneladas. “A maior parte da produção é de leite pasteurizado, que é um produto que se vende todos os dias”, contou Abdellah Noau, diretor da fábrica.

 

Na fábrica, onde trabalham 274 pessoas, todo o processo é automatizado e os investimentos no local são crescentes. Em 2013, foram US$ 4,28 milhões (35,25 milhões de dirhans), valor que deve crescer para US$ 14,59 milhões (120 milhões de dirhans) este ano, devido a uma ampliação da planta.

 

Para vender mais, a indústria, que produz ainda diversos tipos de iogurtes e bebidas lácteas, também aposta no potencial de aumento do consumo interno. No Marrocos, o consumo de leite anual por habitante é de 62,7 quilos. Na Finlândia, país com maior consumo de leite por habitante, esta relação é de 150 quilos por ano para cada finlandês.

 

Freios brasileiros

 

Durante a visita a Meknes, a reportagem encontrou um empresário interessado em importar produtos automotivos. Saaoud Abdeslam, da Enterprise Saaoud, afirma que está negociando com a gaúcha Fras-Le, subsidiária da fabricante de implementos rodoviários Randon, para importar e distribuir os freios produzidos no Sul do Brasil.

 

“Já visitei o Brasil cinco vezes. Quero desenvolver [os negócios] aqui no Marrocos e depois levar para a Argélia e outros países do Norte da África”, disse Abdeslam.

 

http://www.anba.com.br/noticia_agronegocios.kmf?cod=21862625

 

 

 

 

 

 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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