#Leite: produtores farão protestos em todo Paí­s contra importação

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Será formalizado um manifesto contra a polí­tica de importação de lácteos do Uruguai e da Argentina

O relator da subcomissão do leite, o deputado Alceu Moreira, observa que o Brasil tem condições de competir com os paí­ses vizinhos caso adote o modelo das grandes fazendas leiteiras
Os produtores de leite estão preparando para o próximo ano uma série de manifestações em todo Paí­s para tentar convencer o governo a impor restrições ao crescimento das importações de lácteos do Uruguai e da Argentina. O deputado federal Alceu Moreira (PMDB-RS), relator da subcomissão do leite, afirmou que o primeiro passo será dado nesta quarta-feira (19/12) í s 19 horas, na Cí¢mara dos Deputados, quando será apresentado um manifesto assinado por 30 mil produtores, condenando a atuação do governo federal na importação de leite e derivados.

Alceu Moreira afirmou que «os limites diplomáticos se esgotaram, porque o governo se mantém insensí­vel ao problema provocado pelo aumento das importações de leite, que aviltam os preços e tornam inviável a produção nacional, pois os criadores estão convivendo com a seca e alta de custo». Moreira destacou que no míªs passado as importações de leite em pó atingiram 14 mil toneladas, que correspondem a volume diário de 4 milhões de litros de leite.

A maior parte do leite em pó importado em novembro, cerca de 10 mil toneladas, veio do Uruguai. Moreira lembra que os uruguaios só tíªm condições de exportar carnes e lácteos. Por isso, diz ele, «o governo massacra os criadores de leite para beneficiar os setores industriais brasileiros que exportam para o mercado uruguaio». No caso dos lácteos da Argentina, o deputado afirmou que o sistema de cota está funcionando bem, mas os argentinos estão relutantes em renovar o acordo.

O deputado questiona a competitividade dos paí­ses vizinhos, ao citar que os laticí­nios argentinos conseguem colocar queijo mussarela no varejo na cidade de São Paulo a R$ 7/kg, sendo que no Brasil apenas produzir 1 quilo do derivado, que leva 10 litros de leite, o custo sairia a R$ 8/kg. Ele argumenta que a vantagem dos outros paí­ses, além da maior produtividade dos rebanhos, se deve também aos impostos mais baixos pagos pelos criadores. «Na Argentina o tributo do leite incide sobre o lucro, enquanto no Brasil é sobre o custo, na teta da vaca», diz ele.

Moreira observa que a matriz de produção de leite brasileira difere da dos paí­ses vizinhos. Na Argentina, 11 mil produtores produzem 12 bilhões de litros de leite. No Brasil são 1,350 milhão de produtores. Ele lembra que historicamente nas colí´nias a produção de leite gerava uma receita mensal que ficava com a mulher. «Até hoje muitas famí­lias no interior são mantidas com a renda do leite, que é o salário mensal», diz o deputado.

Ele observa que o Brasil tem condições de competir com os paí­ses vizinhos caso adote o modelo das grandes fazendas leiteiras, que tem maior produtividade e menores custos. Entretanto, diz ele, se o governo pensar que este é o caminho, milhares de pequenos produtores serão expulsos do campo.
http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI327127-18530,00-LEITE+PRODUTORES+FARAO+PROTESTOS+EM+TODO+PAIS+CONTRA+IMPORTACAO.html

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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