Executivo deixa emprego para morar na fazenda e vender sorvete artesanal

Os "gelatos" são produzidos com o leite das vacas criadas na propriedade rural e são comercializados por até R$ 18 Há quase dois anos a vontade de mudar de vida transformou a rotina de Marcos Galvão.
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Os «gelatos» são produzidos com o leite das vacas criadas na propriedade rural e são comercializados por até R$ 18
Há quase dois anos a vontade de mudar de vida transformou a rotina de Marcos Galvão. Formado em direito, ele cansou da vida na cidade grande e deixou Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Após fazer algumas contas, ele e a esposa, Renata Galvão, pediram demissão dos seus empregos e foram morar em um sítio que já tinham na cidade de Santo Antônio do Pinhal (SP), na Serra da Mantiqueira.
Ela trabalhava com comércio exterior, enquanto ele era gestor em uma multinacional norte-americana. A mudança de vida foi radical, mas fez a família encontrar o que buscava: qualidade de vida. “Você se adaptar com coisa boa é fácil”, diz Marcos Galvão sobre a nova realidade. “A gente consegue solucionar as dificuldade de forma fácil e prazerosa, foi o que a gente escolheu fazer.”
Em poucos meses surgiu a oportunidade de arrendar uma fazenda, localizada no mesmo município, de um casal alemão que tinha a propriedade como um hobby. Com as experiências do mundo corporativo e visão empreendedora, eles fizeram a reestruturação do negócio, assumiram a criação de gados e trouxeram uma loja para dentro da fazenda para conseguir tirar as contas da propriedade do vermelho.
Sorvete gourmet
Atualmente, eles administram a propriedade, de 19 hectares, e a loja, que vende sorvetes, chocolates e sobremesas. Tudo é feito por eles dentro da propriedade rural. Com a produção 100% artesanal, eles conseguem vender os sorvetes a preços que variam de R$ 7,50 a R$ 18,00. Embora o valor seja alto para os moradores do município, os turistas que visitam a região não abrem mão de conhecer a Fazenda Eisland.
A produção do sorvete artesanal, os famosos gelatos, da Fazenda Eisland começa na plantação de milho. O cereal é produzido na primeira safra e rende até 170 toneladas de silagem, que são utilizadas na alimentação do rebanho de gado jersey. No total são criados 49 bovinos, entre eles 26 vacas que produzem até 140 litros de leite por dia. Boa parte do leite é transformado em creme de leite fresco na própria fazenda e usado na produção dos gelatos, o excedente é vendido para laticínios da região.
É lá na fazenda também que são produzidos os mais de 20 sabores de gelatos, entre eles os de torta de laranja e doce de leite com macadâmia, os mais famosos. Além dessas opções, fazem sucesso os sabores chocolate, banana com gengibre e frutas vermelhas – feito com frutas do pomar da fazenda. Por mês, a Eisland produz de 300 a 350 quilos de sorvete artesanal.
Do campo para a casquinha
O casal Galvão tem o total controle da cadeia produtiva, desde a reprodução dos bovinos até a alimentação, que acontece sem suplementação. “O que eu considero como diferencial é o nosso manejo com o animal”, diz Galvão.
O leite produzido pela raça jersey é considerado o mais completo entre todas as raças de vacas leiteiras e contém a maior quantidade de sólidos não gordurosos, como proteína, lactose, vitaminas e minerais, e gordura quando comparado aos demais. A composição é de cerca de 20% de proteína, 29% de gordura e 20% de cálcio, explica Marcos Galvão.
Negócio em expansão
Há um ano e três meses, a loja da fazenda era o único ponto comercial da Eisland. Porém, com uma capacidade produtiva de 3.000 quilos de sorvete por mês, o empresário decidiu que era a hora de expandir os negócios. Na quinta-feira (15/06), eles vão abrir a segunda loja da marca, que ficará em Mogi das Cruzes (SP).
O empresário acredita que a nova loja deve comercializar de 700 a 800 quilos de sorvete por mês. “Caso nós tenhamos condições, o plano é ter três lojas para aproveitar a nossa capacidade”, conta Galvão. O objetivo é crescer, mas sem transformar o negócio em uma franquia e, principalmente, perder as característica do negócio familiar. “O meu plano não é arrendar mais pastos ou aumentar o número de animais.”
Turismo rural
Quem visita a loja da fazenda tem a oportunidade de conhecer o rebanho da Fazenda Eisland. “Faz parte do nosso marketing”, conta Galvão. A loja tem vista para o pasto e quem tiver a sorte de chegar nos horários da ordenha pode acompanhar o processo, além de degustar o leite 100% natural tirado na hora. “O pessoal de São Paulo fica louco com o contato com os animais”, diz o empresário. “Para muita gente é uma novidade.”
sfagro.uol.com.br/executivo-deixa-emprego-para-morar-fazenda-vender-sorvete-artesanal/

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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