Economia holandesa é mais do que tulipas e queijos

Diversificada e voltada para a exportação, economia do quinto membro mais rico da zona do euro vende principalmente para a União Europeia. "Sair da UE seria suicídio econômico", afirma economista.
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Diversificada e voltada para a exportação, economia do quinto membro mais rico da zona do euro vende principalmente para a União Europeia. «Sair da UE seria suicídio econômico», afirma economista.
Logo na Holanda, um dos membros fundadores da União Europeia (UE), um partido populista de extrema direita deve se tornar uma das maiores forças no Parlamento. Pesquisas apontam que o Partido para a Liberdade (PVV), de Geert Wilders, vai conquistar cerca de 15% dos votos na eleição desta quarta-feira (15/03). Wilders defende a saída da Holanda da UE, ainda que a economia do país esteja crescendo – em grande parte devido às fortes exportações para o restante do bloco.
O PIB teve alta de 2,1% em 2016, o maior crescimento em nove anos, segundo informou nesta terça-feira (14/3) o órgão de estatísticas. Os consumidores gastaram mais dinheiro, as exportações aumentaram e o desemprego caiu de 5,8% para 5,5%. Graças à inflação baixa, os consumidores conseguem perceber que a renda tem aumentado. «A confiança dos consumidores está bem acima da média», afirmam os economistas do Banco Hessen-Thüringen (Helaba).
O que torna a economia holandesa tão forte?
«É muito mais do que tulipas e tomates. Os holandeses estão muito à frente nas novas tecnologias e digitalização. O setor químico também é uma indústria importante», diz Carsten Brzeski, economista-chefe do banco ING-Diba. Além disso, «a Holanda é uma economia muito aberta e conta com alguns dos mais importantes portos internacionais, que funcionam como entreposto no comércio de produtos globais», complementam os economistas do Helaba. A economia do quinto membro mais rico da zona do euro é diversificada e dispõe de uma «base sólida, com forte demanda doméstica».
Um país exportador
A exportação de bens e serviços contribui com mais de 30% do Produto Interno Bruto (PIB). O principal item não são nem tulipas, nem tomates e nem queijo gouda, mas máquinas e peças de máquinas, que responderam por cerca de 13 bilhões de euros em 2015. Em segundo lugar vem a exportação de gás – a Holanda tira vantagem das reservas de gás natural em sua costa. O terceiro lugar é ocupado pelas tulipas e outras flores.
O topo da lista inclui ainda carnes, laticínios, legumes e batatas. Ainda segundo o órgão de estatísticas, a Holanda é o segundo maior exportador da UE, atrás apenas da Alemanha. A maioria das exportações vai para a UE. «A Alemanha é de longe o maior parceiro comercial da Holanda», lembra Brzeski.
E a Alemanha?
A Holanda é o segundo maior exportador de produtos para a Alemanha, com 88 bilhões de euros em 2015. Já para os exportadores alemães, a Holanda é o quarto maior destino dos seus produtos, atrás apenas dos Estados Unidos, da França e do Reino Unido. Foram 78 bilhões de euros em 2015.
Segundo Brzeski, a Holanda é um país de forte comércio e depende do comércio com a Europa. «Sair da UE seria suicídio econômico», afirma. De qualquer forma, ele considera uma saída pouco provável: «A Constituição holandesa não prevê a possibilidade da realização de referendos sobre o euro ou a adesão à UE. A Constituição teria que ser alterada por uma maioria de dois terços no Parlamento».
http://g1.globo.com/economia/noticia/economia-holandesa-e-mais-do-que-tulipas-e-queijos.ghtml

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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