Com pasto seco, pecuaristas antecipam ração complementar

Com o longo período de estiagem, desde o primeiro semestre deste ano, as pastagens de propriedades de Uberlândia e cidades da região começaram a secar e, por isso, pecuaristas de corte e leite entraram com alimentação complementar antecipada em quase dois meses, a partir de maio.
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Com o longo período de estiagem, desde o primeiro semestre deste ano, as pastagens de propriedades de Uberlândia e cidades da região começaram a secar e, por isso, pecuaristas de corte e leite entraram com alimentação complementar antecipada em quase dois meses, a partir de maio. Segundo dados do Instituto nacional de Meteorologia (Inmet), desde o dia 7 de junho, não chove em Uberlândia, provocando a seca nos pastos.

O pecuarista Camilo Gomes tem 400 vacas girolando produtoras de leite e 100 touros senepol de reprodução, que, durante o período de chuva, são tratados apenas com pastagem e sal mineral. Segundo Gomes, a expectativa era de que o complemento na alimentação dos animais com silagem de milho e ração ocorresse no fim de julho ou início desse mês de agosto. Mas, para não perder o desempenho dos animais, o produtor teve que antecipar o complemento na alimentação em quase dois meses. “Por isso, estou conseguindo manter a produtividade de mil litros de leite por dia. Quanto aos touros senepol também não posso reduzir a alimentação, pois em 16 meses eles precisam estar prontos para comercialização”, disse.
O pecuarista Camilo Gomes esperava usar apenas no fim de julho ou início de agosto o complemento da alimentação para as vacas girolando e touros senepol (Foto: Douglas Luzz)

O pecuarista Camilo Gomes esperava usar apenas no fim de julho ou início de agosto o complemento da alimentação para as vacas girolando e touros senepol (Foto: Douglas Luzz)

Com 400 animais simgir, resultado do cruzamento das raças simental e gir leiteiro, o pecuaristas Sérgio Attiê e seu filho Marco Paulo Attiê, desenvolveram um gado rústico e fértil com dupla aptidão, ou seja, para corte e leite. Os animais dos Attiê também tem bom desempenho apenas com a pastagem.

Mas com a pastagem seca, os pecuaristas tiveram um aumento de aproximadamente 30% nos custos com a alimentação e uma queda de 20% na produtividade dos animais. “Esse ano os pastos estão bem mais secos que no ano passado. Porém, mesmo com pouca qualidade, os animais continuam pastando”, disse Sérgio Attie que também está alimentado os animais com ração e silagem.

Agricultura

A necessidade de alimentação complementar do gado, desde maio, não garantiu a rentabilidade dos animais, segundo o pecuarista João Carlos Semenzini. O pecuarista, que registrou uma redução 30% na produtividade de leite, também é agricultor e afirmou que a queda é reflexo da redução da alimentação dos animais, que precisou ser diminuída devido aos custos dos insumos alimentares.

De acordo com Semenzini, os custos aumentaram porque a safrinha de milho e soja foi afetada com baixa precipitação do ano passado e início deste ano, deixando os farelos desses grãos, que integram a silagem, mais caros. “Antes, cerca de 40% da produção de um animal, por dia, era para suprir os gastos com a alimentação dele. Agora, quase 60% da produção diária é só para cobrir os gastos”, disse o pecuarista.

Leite X Carne

Ao contrário do leite, que tem aumentado (em junho, o preço médio pago ao produtor foi de R$ 1,381), a arroba do boi gordo tem se mantido na casa dos R$ 140. Os dados são da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg).

Segundo o produtor rural Sérgio Attiê, isso é reflexo do aumento dos custos com a produção e o volume de consumo. “No caso do leite, a produção caiu e a procura se manteve. Já a carne, o consumo tem diminuído, e mesmo com o aumento dos custos de produção, há mais oferta do produto e a cotação se mantém”, afirmou Attiê.

http://www.correiodeuberlandia.com.br/cidade-e-regiao/com-pasto-seco-pecuaristas-antecipam-racao-complementar/

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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