Cerca de mil integrantes do MST invadem fazenda de pesquisas em Ribeirão Preto (SP)

De acordo com pesquisadores científicos do Polo Regional Centro-Leste, integrantes invadiram e se apossaram da sede da unidade, laboratórios, alojamentos, oficinas e bloquearam as entradas da fazenda com máquinas e equipamentos do próprio Instituto
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De acordo com pesquisadores científicos do Polo Regional Centro-Leste, integrantes invadiram e se apossaram da sede da unidade, laboratórios, alojamentos, oficinas e bloquearam as entradas da fazenda com máquinas e equipamentos do próprio Instituto. Polícia militar foi ao local e procuradoria tenta reintegrar posse.

Na madrugada de sábado (16), por volta de 25 pesquisadores residentes e funcionários foram surpreendidos por cerca de mil pessoas, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais SemTerra (MST), que invadiram a fazenda e bloquearam as entrada com maquinário do próprio centro de pesquisa. A polícia militar foi ao local e negocia entrada. Segundo relato dos pesquisadores, não houve confrontos, mas o clima é bastante tenso entre os funcionários que estão dentro da fazenda.

Depois que 79 imóveis pertencentes ao Estado de São Paulo entraram na lista de bens para alienação, proposta pelo Governador Geraldo Alckmim em abril deste ano por meio da criação do PL 328/2016, mais um caso de desmonte assusta pesquisadores do Polo Regional Centro-Leste, fazenda pertencente à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) e utilizada pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) para pesquisas com gado leiteiro para produção de leite biofortificado.

Segundo o projeto de lei 328/2016, que está no momento suspenso por liminar expedida pelo Tribunal de Justiça no mês de junho, entre os imóveis indicados pelo governador para serem alienados, 16 estão sob a responsabilidade da Secretaria de Agricultura e Abastecimento e são utilizados para fins da pesquisa científica, sendo que esta decisão não teve consentimento da comunidade científica. A medida pretende vender fazendas inteiras – ou parte delas – que alojam diversas linhas de pesquisa. Com a premissa de que os imóveis citados foram avaliados pelo Secretário da Agricultura, Saulo de Castro Abreu Filho, como «inservíveis ou de pouca serventia», o Governo tenta barrar a liminar e retomar o PL em caráter de urgência.

Relembre o caso das “vacas roubadas” nesta mesma fazenda de Ribeirão Preto, que foram transferidas para Nova Odessa.

Em março deste ano, um caso incomum ganhou a atenção da imprensa e se tornou motivo de grande preocupação por parte dos pesquisadores científicos. Vacas usadas em estudos científicos do Polo Regional Centro Leste, em Ribeirão Preto, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) começaram a ser transferidas da fazenda experimental do Estado de São Paulo, em Ribeirão Preto (SP), para uma estação em Nova Odessa (SP). Na época, a Apta justificou o remanejamento dos animais como uma medida emergencial para barrar uma série de furtos registrados no local nos últimos três anos. “Estas terras que eram ocupadas pela comunidade científica para a realização de importantes estudos, como o do chamado «leite vitaminado», enriquecido com vitaminas que podem aumentar a resistência das pessoas e prevenir contra doenças, agora é colocada a venda.Sem a ferramenta de trabalho alguns, pesquisadores pediram a transferência para outras unidades, outros aguardavam uma promessa de continuar na unidade, com a permanência do uso de laboratórios, agora isso não será mais possível ”, esclarece o presidente da APqC. “Na época, já havia desconfianças que haviam outros interesses na transferência dos animais. Hoje, isto ficou claro. Quem perde não somos somente nós, pesquisadores, mas todo o País que depende de nosso trabalho para progredir nas áreas da Agricultura, Meio Ambiente e da Saúde ”, explica o presidente da Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), Joaquim Adelino Azevedo Filho.

http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/agronegocio/176486-cerca-de-mil-integrantes-do-mst-invadem-fazenda-de-pesquisas-em-ribeirao-preto-sp.html#.V4zfLqJlFsX

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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