Produtores pedem restrição í s importações argentinas

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Produtores de leite, preocupados com o desestí­mulo í  produção nacional por conta do aumento das importações de lácteos, cobram do governo medidas para restringir a entrada de produtos de paí­ses do Mercosul, principalmente da Argentina. O presidente da Cí¢mara Setorial de Leite e Derivados, Rodrigo Sant’Anna Alvim, diz que o governo não pode deixar a Argentina «tripudiar em cima do Brasil, que cumpre as regras do Mercosul que os outros (paí­ses) não cumprem».

Dados do Ministério da Agricultura mostram que as importações brasileiras de produtos lácteos nos primeiros quatro meses deste ano somaram 66,7 mil toneladas, volume 34,4% acima do importado em igual perí­odo do ano passado. O valor das importações cresceu 27,5% e atingiu US$ 230,4 milhões. Já as exportações brasileiras de lácteos cresceram 10% em volume (para 13,3 mil toneladas) e a receita aumentou 18,6% (para US$ 40 milhões). O déficit da balança de lácteos de janeiro a abril deste ano somou US$ 190,3 bilhões, valor 30% acima do observado no mesmo perí­odo do ano passado.

Rodrigo Alvim diz que os números da balança comercial deveriam levar o governo a tomar uma posição para proteger a cadeia de lácteos nacional, a exemplo do que faz a Argentina quando proí­be a entrada de sapato, eletrodomésticos, frutas e carne suí­na. «Tudo o que o senhor Moreno (Guillermo Moreno, secretário argentino de comércio interior) faz para ajudar a Argentina ninguém faz aqui. O Brasil não reage.»

O dirigente diz que será difí­cil para o setor renovar o acordo firmado com os argentinos em novembro do ano passado para limitar as importações de lácteos. No primeiro quadrimestre deste ano as vendas argentinas de leite em pó para o mercado brasileiro ficaram dentro da média mensal de 3,6 mil toneladas acertadas pelo setor privado dos dois paí­ses, graças í  redução de 20,3% no volume exportado. Entretanto, os argentinos mais que triplicaram as exportações de queijo e dobraram as vendas de manteiga para o Brasil, o que manteve o volume total de lácteos praticamente inalterado em relação aos primeiros quatro meses do ano passado (alta de 0,79% para 31,2 mil toneladas).

Rodrigo Alvim diz que outro fator que deve dificultar as discussões sobre cotas com os argentinos é o avanço das exportações uruguaias de lácteos para o mercado brasileiro. Os dados do Ministério da Agricultura mostram que as exportações totais de lácteos do Uruguai para o Brasil no primeiro quadrimestre deste ano somou 28,1 mil toneladas, volume 98,6% acima do registrado em igual perí­odo do ano passado. A receita obtida pelos uruguaios cresceu 54,0% e atingiu US$ 81,5 milhões. O Chile também ganhou espaço nas importações brasileiras, que saltaram de 904 toneladas nos primeiros quatro meses do ano passado para 4,214 mil toneladas no mesmo perí­odo deste ano, um aumento de 366%.

O presidente da cí¢mara diz que o impacto provocado pela «avalanche da importação de lácteos» é o desestí­mulo do produtor brasileiro, com a redução do í­ndice de captação de leite. Ele argumenta que o setor vem sendo pressionado pelo aumento real do salário mí­nimo nos últimos anos, pois a mão-de-obra é responsável por 15% do custo de produção. Outro fator de pressão é o aumento dos preços dos grãos, pois a ração responde por 40% do custo da pecuária leiteira.

A matéria é da Agíªncia Estado

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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