Cidade contará com Centro de Maturação a partir de março. Capacidade de armazenamento do local é de 12 toneladas por míªs.
Produtores do queijo canastra, em Medeiros, na região Centro-Oeste do estado. vão ganhar um aliado. A cidade receberá um Centro de Maturação para adequar o produto í legislação federal. Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura, o centro deve começar a funcionar em março.
Na região da Canastra, no Centro-Oeste do estado, a produção de queijo é a principal atividade econí´mica nas pequenas propriedades rurais. Só na fazenda do produtor Geraldo Martins Ribeiro, são feitas 70 unidades por dia. Por causa da falta de espaço para armazenamento o produtor tem que vender o queijo fresco, o que significa prejuízo. “No mercado de Minas hoje vocíª consegue um queijo com certificado de qualidade na faixa de R$ 10. Já o queijo curado é cerca de R$ 20â€, afirmou.
A maturação é o envelhecimento do queijo. O processo, também chamado de cura, é que garante o gosto diferenciado que o queijo de cada região tem. E essa não é a única vantagem segundo o extensionista da Empresa de Assistíªncia Técnica e Extensão Rural (Emater), Alberto Paciulli. “Sabe-se que quanto mais velho, mais curado o queijo, melhor e maior a segurança alimentar. Vai chegar um queijo de qualidade e com segurança alimentar para o consumidor finalâ€, completou.
O processo correto de maturação exige temperatura e umidade constantes. Além de gente para virar os queijos pelos menos duas vezes por dia. Uma estrutura cara que os produtores não tíªm condições de ter nas fazendas. Dificuldade enfrentada pelos 400 produtores de Medeiros que juntos produzem 2.500 toneladas de queijo por ano. Por ter a maior produção da região da Canastra, o município é um dos tríªs do estado que irão receber o Centro de Maturação do Queijo Minas Artesanal. A obra já está pronta e falta instalar os equipamentos. A capacidade de armazenamento é de 12 toneladas por míªs. O queijo ficará em processo de maturação por no mínimo 21 dias, tempo mínimo exigido pela legislação federal para que o produto mineiro seja comercializado em outros estados do país. “O centro vai oferecer este espaço para maturação em condições adequadas. Vai permitir padronizar o produto e agregar valorâ€, afirmou a extensionista da Emater, Viviane Sinsero.
O espaço será usado pelos produtores que são registrados no Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). O produtor rural João Martins tem o certificado de origem e não víª a hora de levar os 2 mil queijos que produz, por míªs, para fazer a maturação no Centro de Qualidade. “Acho que complementaria o que a gente já fez que foi melhorar o queijoâ€, finalizou o produtor.
Fonte: G1