Comércio do Brasil com a Venezuela de volta ao ano de 2003

Brasília – O intercâmbio comercial do Brasil com a Venezuela não para de registrar números negativos e deverá fechar 2017 no mais baixo nível desde 2003. De janeiro a julho, as exportações
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Comércio do Brasil com a Venezuela de volta ao ano de 2003. E sem perspectiva de recuperação
 
Brasília – O intercâmbio comercial do Brasil com a Venezuela não para de registrar números negativos e deverá fechar 2017 no mais baixo nível desde 2003. De janeiro a julho, as exportações para o país vizinho somaram US$ 282 milhões, com uma contração de 55,99% comparativamente com o mesmo período de 2016. Nesse mesmo período, as vendas venezuelanas para o Brasil tiveram uma redução de 12,2% para US$ 246 milhões.
Com esses números as trocas entre os dois países devem fechar o ano com números parecidos com aqueles registrados em 2003, quando as exportações brasileiras somaram US$ 608 milhões e as importações totalizaram US$ 275 milhões, com um superávit em favor do Brasil da ordem de US$ 333 milhões. Os dados são o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Os números do MDIC mostram que a cada ano as trocas entre os dois países se distanciam cada vez mais da cifra recorde registrada em 2012. Naquele ano, o comércio bilateral atingiu o maior valor da história, no total de US$ 6,053 bilhões, fruto de exportações brasileiras no montante de US$ 5,056 bilhões e embarques venezuelanos no total de US$ 997 milhões. Naquele ano, o Brasil obteve um saldo de US$ 4,059 bilhões nas trocas com a Venezuela.
Cifras recordes tendem a ser cada vez mais números de um passado remoto e com pouca ou quase nenhuma possibilidade de voltarem a ser registradas no curto e médio prazos. Com uma Venezuela mergulhada numa crise política, social e econômica que parece não ter fim, tendo suas reservas em moedas fortes se esfacelando, praticamente sem crédito no mercado internacional e com as receitas do petróleo se reduzindo a cada ano, há muito o pais vizinho deixou de ser para o Brasil o parceiro que foi nos áureos tempos da primeira década do século 21.
Segundo o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, esse cenário dificilmente mudará. Para ele, “na verdade, só muda se a Venezuela mudar. O comércio com o Brasil caiu a níveis inimagináveis há alguns anos porque hoje só se exporta para a Venezuela mediante pagamento antecipado ou com as garantias fornecidas pelas cartas de crédito”.
Sem esses instrumentos garantidores e com a redução das reservas internacionais para menos de US$ 10 bilhões, aumenta o medo de calote da Venezuela e o intercâmbio comercial com todo o mundo –e também com o Brasil- desce ladeira a baixo.
De janeiro a julho as exportações brasileiras atingiram a cifra mais baixa da série histórica e somaram pouco mais de US$ 282 milhões. Apesar da queda de 40% comparativamente com o mesmo período de 2016, a carne de frango foi o principal item da pauta exportadora (com uma fatia de 17% do total embarcado) e uma receita de US$ 47 milhões. A seguir vieram o açúcar de cana, no montante de US$ 39 milhões (participação de 14% nas exportações), demais produtos manufaturados no total de US$ 36 milhões (correspondentes a 13% dos embarques) e leite e creme de leite, no total de U$ 16 milhões (participação de 5,7%).

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