A raça Gir leiteiro está em ritmo acelerado de crescimento no Brasil em função da migração das bacias leiteiras para as regiões Sul, Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
Em função disso, com objetivo de atender essa crescente, o produtor Virgílio Villefort, de Minas Gerais, está começando o ano promovendo importantes leilões desta raça, ofertando novilhas, bezerras e reprodutores Gir Leiteiro PO, mais especificamente em leilões virtuais. Contudo, voltando na história do produtor com estes animais, quando ele decidiu trabalhar com o Gir Leiteiro foi direto aos criatórios consagrados e formou uma base de animais conhecidos e premiados das fazendas Calciolí¢ndia, Brasília, Estí¢ncia Jasdan e Poções.
A partir de então Virgílio Villefort tem surpreendido ano a ano, já que 2013 mal começou, e seu calendário de eventos já está traçado, a começar pelo Leilão Virtual Top Leite Gir Villefort, agendado para esta segunda-feira, 4 de fevereiro, í s 20h15 (horário de Brasília), pelo AgroCanal. O objetivo é atender a crescente demanda pela raça, então foram apartadas 60 fíªmeas, entre bezerras e novilhas, e mais 05 reprodutores de repasse.
O acesso í boa genética é uma característica marcante dos leilões Villefort, além de facilidades no pagamento, descontos especiais e comodidade no frete. Seu programa de seleção contempla animais adquiridos nos principais plantéis brasileiros, genética multiplicada a partir de acasalamentos dirigidos com os melhores reprodutores da atualidade, visando a produção de contemporí¢neos extremamente funcionais na criação extensiva.
A capacidade produtiva e a rusticidade conferem ao Gir Leiteiro o posto de excelente alternativa comercial na pecuária brasileira, que demanda por animais produtivos e bem adaptados ao clima tropical. As projeções futuras para esse gado são as mais otimistas, tendo em vista que o país reúne todas as condições para tornar-se um grande exportador mundial de leite. O Gir é um animal de origem indiana, especificamente da península
de Catiavar, com dupla aptidão: produtor de carne e de leite, ou seja, o Gir Leiteiro. As primeiras importações brasileiras desta raça ocorreram 1906 e principalmente, por causa da intensificação na formação da raça Indubrasil, as compras do animal indiano se intensificaram entre 1920 e 1940.
As primeiras importações tiveram como objetivo a seleção genética produtora de carne no Brasil, uma vez que o conhecimento sobre o potencial leiteiro do zebu era pouco trabalhado. Em outubro de 1980, foi fundada a Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL), preocupada em avaliar não só os parí¢metros raciais como os de produção dos criadores. Cinco anos depois, é criado o Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro, da Embrapa Gado de Leite, em parceira com a ABCGIL.
Atualmente, este animal é considerado uma excelente opção para o setor, trazendo vários benefícios, como a produção de diversos produtos: leite, síªmen, embriões, tourinhos, matrizes. Em relação í s suas características, com certeza a adaptabilidade é um ponto forte dos zebus indianos trazidos ao Brasil. Além disso, a rusticidade é um benefício para quem quer se dedicar ao setor.
Segundo informações da ABCGIL, este animal tem boa capacidade leiteira, com produção de 3,233 mil quilos por lactação, ou seja, 12 quilos de leite ao dia. Tem uma boa longevidade e pode conceder dez crias em atividade leiteira. Além disso, a vaca Gir pode dar cria a animais machos para recria e engorda. Por ser um animal rústico é bastante resistente aos ectoparasitos, principalmente o carrapato.
Fonte: Gazeta Digital