USDA prevê menor captação de leite na UE

Rtmo deve diminuir devido à menor importação da China, embargo russo e flutuações nos preços internacionais
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Rtmo deve diminuir devido à menor importação da China, embargo russo e flutuações nos preços internacionais

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) espera que o avanço na captação de leite na União Europeia se desacelere em 2015, após alta recorde em 2014 (+4,6%). O ritmo deve diminuir a 1,1%, em resposta à menor importação da China, ao embargo dos lácteos europeus promovido pela Rússia e às flutuações nos preços internacionais. Os menores preços pagos aos produtores também devem contribuir para que a captação cresça menos este ano. Segundo o USDA, em agosto os valores ficaram 14% abaixo da média de preços dos últimos cinco anos. Em relatório, o órgão esclarece que os números não são suas projeções oficiais, embora tenham sido compilados por uma equipe de 14 dos seus especialistas agrícolas baseados na Europa.

Os analistas do USDA preveem ainda que a estiagem em alguns dos países-membros da União Europeia deve elevar os custos de produção e estimular abates de vacas leiteiras. O processo deve contribuir para um maior rendimento médio por animal, já que vacas de menor desempenho devem ser descartadas. O ganho em produtividade deve gerar maior produção de leite também em 2016, mas novamente a alta deve ocorrer em ritmo menor.

Espera-se que a maior captação este ano resulte em uma maior oferta de leite em pó desnatado, queijo e manteiga, enquanto o processamento de leite em pó integral deve diminuir como um reflexo da menor demanda do produto para exportação. «A maior participação do leite em pó desnatado e da manteiga no processamento em 2015 deriva da sua maior competitividade no mercado global, atribuída parcialmente à queda do euro ante o dólar», explicam os especialistas.

O volume extra de produtos lácteos deve ser direcionado principalmente ao exterior, mas o consumo de queijos e leite em pó desnatado deve aumentar na União Europeia. A demanda por manteiga e leite, porém, deve cair, enquanto as compras de leite em pó integral devem continuar no nível atual.

O USDA nota que a exportação de queijos caiu 11% entre janeiro e julho, em relação com o mesmo período de 2014, mas espera recuperação. Os preços mais competitivos devem estimular a demanda de importadores dos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul. O leite em pó integral avançou 9%, apesar de a Argélia ter cortado compras em 30% – queda mais que compensada por embarques ao Egito, Filipinas, Tailândia e Paquistão. Para o leite em pó integral as perspectivas não são tão positivas. A exportação do produto tem baixa de 5% este ano, embora Omã tenha elevado compras.

Intervenção – O sistema de cotas para a produção na União Europeia se encerrou em março deste ano, mas o USDA prevê que produtores ainda precisam pagar 800 milhões de euros em multas por gerarem excedentes. Com o fim do sistema, o departamento norte-americano espera que a produção volte ao padrão de crescimento de 1% ao ano.

O USDA também espera que a continuidade do embargo russo leve a União Europeia a prolongar o programa de auxílio instaurado para evitar excesso de oferta em seu mercado doméstico. Hoje, a Comissão Europeia paga para que a indústria mantenha manteiga e leite em pó desnatado estocados por um período determinado de tempo, mas a medida chega ao fim em fevereiro de 2016.
Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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