Secretário sai em defesa das cooperativas de #leite

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«Estou saindo em defesa dessas cooperativas porque são empresas sérias, idôneas, têm história. Meu papel, como secretário da Agricultura, é prestar esclarecimentos para a comunidade rio-grandense. Eu estou prestando os meus e o Ministério da Agricultura os deles. As pessoas vão formar seus juízos».

 

Fioreze afirmou que o Mapa se «precipitou» em relação ao episódio. Em entrevista ao Jornal do Comércio, ele justificou o posicionamento adotado: «Estou saindo em defesa dessas cooperativas porque são empresas sérias, idôneas, têm história. Meu papel, como secretário da Agricultura, é prestar esclarecimentos para a comunidade rio-grandense. Eu estou prestando os meus e o Ministério da Agricultura os deles. As pessoas vão formar seus juízos».

Acho que houve um erro grande de comunicação por parte do Ministério da Agricultura, em Brasília. Gostaria de deixar bem claro isso, porque não existe conflito nosso em relação à Superintendência Regional. O equívoco foi no sentido de que a informação divulgada teria que ter sido trabalhada melhor para que o consumidor fosse corretamente informado sobre os riscos aos quais ele poderia estar submetido, que a rigor não exitem. Não houve nenhum risco no consumo dos produtos industrializados neste episódio.

Esse é um ponto importante que não foi dito na divulgação. O que foi falado é que foi encontrado álcool etílico em uma pequena parcela de leite entregue em dois postos de resfriamento localizados na região da Serra: em Veranópolis, o da Santa Clara, e em Vila Flores, o da Piá. A coleta da amostragem oficial ocorreu no mesmo dia pelos técnicos do Ministério da Agricultura, foi feita a análise e só depois de um mês veio a notícia. Mas a ação dos fiscais foi correta. Nós apoiamos esse tipo de ação e fazemos a mesma coisa com a fiscalização estadual. São 11,5 milhões de litros de leite por dia produzidos e industrializados no Estado. Se fizermos uma análise de todo o conjunto, o volume de leite envolvido nas operações Leite Compensado e agora nesse episódio das cooperativas não chega nem a 0,5% desse total.

A imensa maioria do leite gaúcho está fora desses episódios. Outra coisa importante de destacar é que as cooperativas não estão na Operação Leite Compensado, elas não foram investigadas, ao contrário das outras fases da ação em que as empresas, e principalmente atravessadores, foram detectados e pegos em escuta telefônica – casos em que fiscais federais e estaduais que já percebiam movimentos suspeitos colaboraram com o Ministério Público para que as operações fossem deflagradas.

É possível que seja isso, não dá para descartar a possibilidade de o produtor ter agido de má-fé. Talvez ele estivesse com o leite em processo de deterioração ou, por problemas de mastite ou acidez, tivesse adicionando álcool etílico. Cabe à cooperativa identificar a origem da fraude. Agora, também não dá para descartar um risco de contaminação acidental, porque o produtor pode ter comprado álcool, esse álcool gel vendido comercialmente, para fazer a limpeza dos equipamentos e os resquícios do produto terem ficado no leite.

São postos de resfriamento que ficam próximos, 10 quilômetros, e até onde eu sei, são produtores diferentes. Talvez as cooperativas estejam até trabalhando nessa linha de investigação. Precisaria ver com elas.

Nesse sentido sim, porque é o leite gaúcho exposto na mídia. Esse tipo de operação é necessária e revela que a fiscalização existe e detecta os problemas. O que tem causado um certo desgaste é que parece que é só no Rio Grande do Sul, quando na verdade essa operação é realizada aqui porque houve uma iniciativa do Ministério Público com base em informações do Mapa e da Secretaria de Agricultura. Então, existe uma vontade dos poderes públicos de extirpar da cadeia aqueles que agem notoriamente de má-fé, o que não é o caso das cooperativas, que não foram e não estão sendo investigadas pela operação Leite Compensado.

Essa visibilidade negativa causa prejuízos à imagem porque nós também exportamos muito do nosso leite produzido para outros estados e outros países até. Temos que deixar muito claro e podemos afirmar que o leite produzido hoje pelos gaúchos é um leite muito melhor do que há décadas, e não deixa nada a dever para os dos demais estados. Se essa fiscalização toda fosse tão intensa em outros estados como é no Rio Grande do Sul, certamente apareceriam problemas muito mais graves do que os que têm aparecido aqui. Nós estamos fazendo a nossa parte. O processo é doloroso porque está vindo todos os casos, desde os de má-fé até esses últimos episódios que eu reputo como um problema de comunicação muito sério que houve.

http://www.expressomt.com.br/economia-agronegocio/secretario-sai-em-defesa-das-cooperativas-de-leite-110024.html

 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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