Sem leite, indústrias não tíªm como manter máquinas em funcionamento.Volume de leite retirado das vacas no campo é cada vez menor no sertão.
A seca está comprometendo a produção dos laticínios, no sertão de Alagoas. As indústrias não tíªm como manter as máquinas em funcionamento sem leite, principal matéria prima dos produtos. O volume retirado das vacas no campo é cada vez menor.
As vacas do produtor de leite Valdiníªs Catu estão comendo palma seca. O criador ainda teve que se desfazer de alguns bens materiais para manter a produção do rebanho de 40 cabeças mesmo abaixo da média.
Os seis meses de estiagem derrubaram a produção de leite na região da bacia leiteira alagoana. Na Associação de Produtores Quilombolas, na zona rural de Batalha, o tanque de resfriamento reflete a queda acentuada na produção, de 40%. Como consequíªncia, o leite que era entregue aos laticínios de dois em dois dias, abastece os caminhões de tríªs em tríªs dias.
O laticínio que fica no município de Batalha, considerado o coração da bacia leiteira alagoana, enfrenta a pior crise desde a fundação, há 30 anos. A empresa, que trabalhava com uma capacidade de 30 mil litros de leite por dia, recebe 14 mil litros dos fornecedores. O estoque de produtos está baixo. A cí¢mera frigorífica, com capacidade para armazenar 70 mil quilos, está com apenas tríªs mil quilos. Muitas máquinas estão paradas. A queda na produção leva os funcionários a passar a maior parte do tempo parados. O presidente do laticínio Adário Monteiro diz que a crise o obrigou a dar férias a oito empregados.
http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2013/01/seca-provoca-falta-de-leite-e-prejudica-producao-de-laticinios-em-al.html