Umuarama – A segunda etapa da vacinação contra a febre aftosa no Paraná foi lançada ontem (29), em Umuarama. Houve solenidade no auditório do Hospital Veterinário da Universidade Paranaense (Unipar) durante toda a manhã e vacinação simbólica de alguns bovinos. Estiveram presentes Norberto Ortigara, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SEAB), Inácio Kroetz, diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), o reitor da Unipar, Carlos Eduardo Garcia, o vice-prefeito de Umuarama, Sérgio Frederico, o vice-prefeito de Perobal, Paulo Rúbio e representantes do deputado estadual Fernando Scannavaca. Além deles também havia membros da Emater, do Instituto das Águas, pecuaristas e estudantes de medicina veterinária.
A campanha começa oficialmente no próximo sábado (1º) e vai até dia 30 de novembro em todas as propriedades rurais do Paraná. O Estado é área livre de aftosa fazendo o controle da doença com vacinação e a meta do governo é atingir o 100% de imunização. Conforme a Assessoria de Imprensa da SEAB Umuarama foi escolhida para sediar o lançamento devido ao grande rebanho contido na região: cerca de 10% do plantel paranaense. No Estado o rebanho é de 9,4 milhões de cabeças de gado e, em Umuarama e região temos cerca de 90 mil distribuídas em dez mil propriedades.
O período de vacinação dura trinta dias e os produtores têm de comprar as vacinas, que custam entre R$ 1 e R$ 1,50, aplicar em todo rebanho e depois comprovar a vacinação em uma das 135 unidades da Adepar espalhadas pelo Estado ou ainda via web, sistema recém-lançado, que visa agilizar o processo e dar menos trabalho aos pecuaristas. Para o secretário da SEAB, Norberto Ortigara, incentivos como este facilitam a conquista da meta do governo.
“Em boa parte do Brasil – especificamente em 14 Estados – temos áreas livres de aftosa. Mas o controle e o incentivo são necessários para aumentar a produção e fazer com que o nosso desempenho melhore ainda mais. Este é um negócio que envolve grandes cifras para a economia brasileira e o que aconteceu em 2010, em Sertanópolis, ainda repercute”, advertiu.
O secretário se referiu ao caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), popular “vaca louca”, ocorrido em 2010 que veio à tona no ano passado. A repercussão para o mercado foi muito negativa: o Japão impôs embargo à carne brasileira (e não só paranaense) e Rússia e Irã também sinalizaram um possível descrédito ao mercado do Brasil. Desde então há a preocupação do governo brasileiro não apenas com o controle da aftosa, mas também de outras patologias que atingem bubalinos e bovinos.
Segunda vez
Esta foi a segunda vez que Umuarama recebeu o lançamento da campanha contra a aftosa. A primeira ocorreu em 2011, o que, de acordo com o vice-prefeito Sérgio Frederico, reitera a posição de destaque da cidade ante ao mercado pecuário paranaense e brasileiro. Outro fator positivo é a consciência dos pecuaristas do município, que têm o hábito de imunizar o rebanho. “Umuarama sempre registra bons índices de imunização nas campanhas, superando a margem de 95%. No entanto, esperamos que os produtores se atentem de modo geral para a importância dessa vacinação, pois sabemos o tamanho do prejuízo que essa doença pode ocasionar. Nosso Município figura entre os maiores produtores de carne bovina do Estado, temos que ser referência em qualidade também”, aponta. Segundo a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Umuarama possui um rebanho de aproximadamente 135 mil cabeças, entre gado de corte e leite. Nesta segunda etapa, todos os bovinos e bubalinos devem ser vacinados, independente da idade. A comprovação deve ser feita até o dia 30 de novembro e caso não seja realizada, o produtor está sujeito à multa. A intenção é que, dentro de alguns anos, a vacinação deixe de ser obrigatória, contudo, antes disso, é preciso ficar atento para controlar a doença.
http://www.ilustrado.com.br/jornal/ExibeNoticia.aspx?NotID=48265&Not=Seab%20lan%C3%A7a%20campanha%20de%20vacina%C3%A7%C3%A3o%20contra%20aftosa%20na%20Unipar%20em%20Umuarama
