Uma das alternativas para sanar a falta de alimento para os rebanhos em período de estiagem é o uso da mandioca como ração para bovinos. As raízes são fonte de energia, que é o componente quantitativa
As técnicas para uso desse componente como ração animal serão repassadas durante o 11º Encontro Nordestino do Setor de Leites e Derivados (Enel), que será realizado no período de 5 a 8 de junho, no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim (RN). As inscrições para o evento estão sendo feitas pela internet, no site http://enel.rn.sebrae.com.br/. O evento é promovido pelo Sebrae no Rio Grande do Norte e pela Associação Norte-rio-grandense de Criadores (Anorc), com apoio de diversos parceiros.
O assunto será tema da palestra ‘Uso de Mandioca na Alimentação de Bovinos’, do técnico do Instituto de Assistíªncia Técnica e Extensão Rural do RN (Emater), Manoel Pereira Neto. Para uso, é preciso atentar para alguns cuidados. A concentração de energia útil na mandioca e derivados é afetada pela umidade.
A raiz de mandioca quando fresca, apresenta menos de 1.500 kcal de energia metabolizável por quilo de massa fresca; quando desidratada, varia de 3.200 a 3.600 kcal. A desidratação é um processo importante para conservar a qualidade das raízes depois de colhidas, facilita seu uso na composição de alimentos, eleva a concentração de nutrientes e facilita a conservação dos alimentos, além de ser um dos métodos mais eficientes na redução da toxicidade.
Convivíªncia
Durante o evento, o Jaeveson da Silva, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Emprapa), também abordará a questão da produção de biomassa í base de mandioca em palestra, marcada para as 14h, do dia 6 de junho.
Alternativas como essas para convivíªncia com a falta de chuvas serão debatidas na mesa redonda ‘Práticas de Convivíªncia com as Secas’, prevista para toda a manhã do mesmo dia. Especialistas de seis estados nordestinos vão debater o tema e tentar encontrar soluções para convívio com o período de estiagem, que este ano, praticamente dizimou milhares de cabeças de gado em todo o Nordeste.
A expectativa dos organizadores é que o Enel atraia um público de até 16 mil pessoas. A programação inclui palestras, cursos, painéis, mesas redondas, debates, encontros e estudos de casos. Serão tratados temas como morfologia para caprinos e ovinos leiteiros, dietas a partir de volumosos, inovação tecnológica nas propriedades rurais, fabricação de iogurte e bebidas lácteas, fabricação de queijo de minas frescal, estruturação de pequenos laticínios para comercialização de produtos e cálculo da quantidade de forragem para o rebanho.
Um dos destaques é o curso de Apresentação e casqueamento de animais, que terá conteúdos teóricos e, principalmente, práticos. Essa capacitação será ministrada durante todos os dias do evento. Essa programação técnica é um dos pontos fortes do Enel – que, pela terceira vez, é realizado no estado. Os cursos e minicursos na área de derivados do leite serão ministrados pelo corpo técnico da maior escola de laticínios do Brasil, o Instituto Cí¢ndido Tostes, situado em Minas Gerais.
Foto: Mandioca é fonte de energia para os bovinos: o assunto será tema de mesa redonda dentro do Enel, evento que começa no dia 5.
Fonte: Agíªncia Sebrae RN
