O projeto da Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA) para reerguer a principal bacia leiteira do Estado, na região do Médio Sertão, deverá gerar empregos e afetar toda a cadeia produtiva do leite. Segundo o presidente da entidade, Aldemar Monteiro, além da reabertura do parque industrial do município de Batalha, arrematado em leilão e que antes pertencia í antiga Camila, o projeto deve movimentar as lojas e fábricas de ração, remédios para animais, maquinário e implementos agrícolas.
De acordo com ele, a iniciativa, que teve como primeiro passo a aquisição do parque industrial, também prevíª a instalação de uma fábrica de ração para animais, que irá garantir aos produtores o acesso ao produto a preços abaixo do mercado. “Também vamos solicitar das instituições financeiras linhas de crédito especiais para os produtores atendidos pelo projetoâ€, frisou Monteiro.
Segundo ele, cerca de 3 mil serão beneficiados, mas 500 deles serão escolhidos para servirem de modelo. “Para esses, haverá assistíªncia técnica específica, capacitação em gestão da propriedade e produção de forragens, nos moldes do Balde Cheio e do Programa Alagoas Mais Leite, coordenados pelo Governo do Estadoâ€, explicou o presidente da CPLA.
A respeito das parcerias, Aldemar Monteiro informou que já recebeu apoio do governador Teotonio Vilela, do secretário de Estado da Agricultura, José Marinho Júnior, Sebrae/AL, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) e da bancada federal alagoana.
“A reabertura do parque industrial de Batalha é algo muito emblemático para a região. O nosso trabalho por meio do cooperativismo enxerga pessoas, não números, como seria se uma multinacional fosse conduzir esse projetoâ€, salientou. “Para desenhar esse projeto, fomos conhecer outras formas de gestão, outras cooperativas no Sul e Sudeste do país, fomos buscar outras experiíªnciasâ€, emendou Monteiro.
Sobre o parque industrial, ele disse que será um dos mais competitivos do Nordeste e terá diversos produtos com valor agregado, como leites especiais, queijos, manteigas e iogurtes. “A pecuária de leite é a atividade que mais gera renda no meio rural e a que mais emprega a família, pois não tem entressafra, é o ano todo. Queremos implantar um projeto sustentável para que o produtor não dependa tanto dos programas assistenciaisâ€, assinalou Aldemar Monteiro.
Ele disse também que o projeto estruturante prevíª a instalação de uma central de recria, na qual os criadores poderão deixar suas bezerras para tratamento até a idade adulta. De lá, elas serão retiradas já em fase de reprodução ou prontas para ser inseminadas, ou seja, num período em que poderão gerar renda para os agricultores com a produção de leite.
Fonte: Assessoria