Rabobank vê maior consolidação do setor de lácteos no Brasil

Em relatório, o banco destaca que a concentração do mercado do leite no país é baixa na comparação com outros países da América Latina
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Em relatório, o banco destaca que a concentração do mercado do leite no país é baixa na comparação com outros países da América Latina
Os recentes investimentos e transações das companhias de lácteos no Brasil sugerem uma maior consolidação do setor no futuro, avalia o Rabobank. Em relatório, o banco destaca que a concentração do mercado do leite no país é baixa na comparação com outros países da América Latina. Enquanto as dez maiores companhias brasileiras do setor detêm uma participação de 33% no mercado nacional, nos demais países da região esse porcentual supera os 60%. A diferença, segundo a instituição, faz do Brasil um mercado estratégico.

«Negócios recentes no mercado brasileiro – incluindo a aquisição das operações de lácteos da BRF pela Lactalis, a reestruturação e venda de diversos ativos da LBR, bem como a aquisição de 50% da Itambé pela Vigor – sinalizam um aumento gradual na consolidação», explica o analista André Padilla. Segundo ele, as pequenas e médias empresas do setor enfrentam dificuldades para aumentar suas margens e competir com grandes companhias, o que deve abrir espaço para que empresas como Lactalis, Nestlé, Vigor e Danone aumentem suas fatias de mercado.

O banco, no entanto, destaca que o aumento de capital (não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina) demandará mais garantias do poder público. «Se a região espera um maior investimento global no setor de laticínios, o setor público precisa fazer mais para garantir melhores condições para projetos», diz Padilla.

Segundo o Rabobank, a América Latina respondeu apenas por 3% das transações do setor de laticínios nos últimos sete anos. O total aplicado pelas principais companhias internacionais contrasta com o crescimento das vendas de leites e derivados na região. Em 2014, as vendas dos países latino-americanos somaram US$ 76 bilhões, ficando atrás apenas dos mercados emergentes da Ásia, que alcançaram US$ 80 bilhões.

Além da expansão do consumo de produtos lácteos em toda a região, o banco espera ainda que a desvalorização cambial ajude a atrair mais recursos para o setor no Brasil. Com um real mais fraco, a expectativa é de que os investimentos em dólar fiquem mais atrativos.

Leite

O ano de 2015 será marcado por uma oferta firme de leite no Brasil, reflexo do aumento de investimentos no rebanho e em equipamentos no último ano (possibilitados pela margens positivas). O crescimento da produção doméstica e a desaceleração da demanda interna podem pressionar os preços na primeira metade do ano, tendo como consequência uma remuneração mais baixa para o produtor.

Já as exportações podem perder competitividade com o acirramento da concorrência em mercados tradicionais, como a Venezuela e o Oriente Médio. Ainda, a indústria nacional deve promover expressivamente a inovação ao longo do ano, consequência da reorganização de grandes empresas do setor.

http://revistagloborural.globo.com/Noticias/Criacao/Leite/noticia/2015/01/rabobank-ve-maior-consolidacao-do-setor-de-lacteos-no-brasil.html

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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