Queda no preço do #leite «não terminou ainda»

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Os preços dos lácteos parecem que vão cair ainda mais, mas o declínio será potencialmente desacelerado pela necessidade dos compradores de repor seus estoques esgotados e pela ameaça da seca na Nova Zelândia.

 

O DairyCo, do Reino Unido, alertou que, após as quedas nos preços internacionais das commodities lácteas no mês passado, “o mesmo é esperado em abril”, com os valores enfraquecidos pelo impulso à produção em resposta às fortes margens de produção. “Os preços atacadistas estão com tendências de baixa de forma geral em todo o mundo, à medida que a produção de leite continua tendo um bom desempenho, permitindo que os estoques sejam construídos”.

 

Uma queda nos valores no GlobalDairyTrade – onde os preços caíram mais de 20% desde o começo de fevereiro, sinalizando um mercado em baixa – “age como uma indicação das tendências dos preços atacadistas globais em um futuro próximo”.

 

O declínio do mercado já começou a se refletir nos preços pagos pelos processadores aos produtores, com a cooperativa holandesa FrieslandCampina, nesse mês, reduzindo em 1,25 euros (US$ 1,72), fechando o preço em 41,25 euros (US$ 57) por 100 quilos de leite o preço pago a seus produtores.

 

Na Europa continental em particular, “qualquer pressão sustentada nas margens do processador deverá se refletir nos preços ao produtor”, disse a DairyCo.

 

Ao mesmo tempo, o Rabobank disse que o mercado começou a apresentar uma “redução lenta nos preços das commodities lácteas”, também destacando o impulso aos volumes de produção de leite pelos valores maiores. O banco disse que “as ofertas exportáveis de leite começaram a aumentar fortemente no trimestre de outubro a dezembro”, à medida que produtores neozelandeses aumentaram a produção em resposta aos preços recordes.

 

Agora, um começo “forte” na estação de produção do Hemisfério Norte, “apoiada pelo clima excepcional no Hemisfério Sul, está gerando oferta exportável mais do que suficiente para exceder as demandas adicionais de importação” da China, cuja demanda tem sido essencial para apoiar os preços.

 

A produção de leite da União Europeia (UE) foi 4,7% maior com relação ao ano anterior em janeiro, segundo os últimos dados disponíveis. Nos Estados Unidos, oficiais do setor rural nesse mês aumentaram em 400 milhões de libras (181,44 milhões de quilos), para 206,1 bilhões de libras (93,48 bilhões de quilos) sua previsão de produção de leite para esse ano, representando um aumento de 2,22 bilhões de quilos com relação ao ano anterior. “Devido aos melhores retornos ao produtor, é esperada uma expansão do rebanho no final desse ano”, disseram os oficiais.

 

Entretanto, o Rabobank também destacou que as dinâmicas, incluindo estoques relativamente pequenos dos produtores, poderão conter parte da pressão sobre os preços dos lácteos. “A necessidade de repor os estoques esgotados em outros importantes mercados [que não a China] fornecerá algum apoio ao mercado”.

 

Além disso, embora a produção de leite na Austrália tenha retornado ao seu crescimento anual, o forte ritmo do aumento na Nova Zelândia mostrou sinais de redução. “As condições de seca continuaram prejudicando a Ilha do Norte durante o mês de marco, com a antecipação do ciclone Lusi fornecendo chuvas decepcionantes para a maioria”.

 

A reportagem é do Agrimoney, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint Brasil.

 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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