#Qualidade garante mais renda aos produtores do Programa Leite das Crianças

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Produtores rurais e usinas de leite de todo o Estado, fornecedores do Programa Leite das Crianças, estão conseguindo elevar seus rendimentos graças aos novos critérios adotados para remuneração do produto. Desde maio, a Secretaria de Trabalho, Emprego e Economia Solidária, responsável pela gestão do programa, efetua o pagamento pela qualidade, com base em informações da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

“A remuneração pela qualidade traz benefí­cios diretos aos produtores e usinas e para as crianças, que são o público-alvo do Programa Leite das Crianças. Cerca de 6 mil produtores estão se beneficiando desta iniciativa, que representa um incremento importante na renda dos agricultores. Por míªs, o investimento do programa é de R$ 5,9 milhões, num total de quase R$ 71 milhões por ano. Quanto melhor a qualidade do leite entregue, maior o preço pago pelo litro de leite. í‰ um incentivo para os produtores e usinas que está dando excelentes resultados”, diz o secretário do Trabalho, Luiz Claudio Romanelli.

O pagamento pela qualidade é feito com base no valor referencial informado pelo Conseleite, conselho paritário entre produtores de leite e laticí­nios paranaenses e que conta com o assessoramento técnico do Departamento de Economia Rural da Universidade Federal do Paraná, explica a coordenadora do programa, Cristiane Puchevaillo Souza.

“O Leite das Crianças está atingindo os objetivos de combater a desnutrição infantil e fixar os agricultores familiares no campo com trabalho e renda permanente. O pagamento pela qualidade foi uma inovação importante implantada pelo governador Beto Richa que efetivamente está gerando mais renda aos produtores de leite”, analisa.

“Todo míªs, a Secretaria da Agricultura informa os preços a serem praticados com cada usina que fornece leite pasteurizado para o programa. Usamos critérios técnicos, tomando como base os resultados das análises do leite feitas pelo Laboratório da Rede Brasileira de Qualidade do Leite, da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa”, afirma Osmar Buzinhani, da Secretaria de Agricultura.

Foram estabelecidos tríªs ní­veis de qualidade, a partir da verificação dos padrões de contagem de células somáticas, contagem bacteriana e ní­veis de proteí­na, verificadas a partir dos laudos de controle de qualidade do leite cru refrigerado.

O Leite Tipo – LCR 3 recebe o valor básico para o leite pasteurizado, enquanto o tipo LCR 2 recebe o valor referencial acrescido de 50% do rendimento da poupança. O Leite Tipo LCR 1 recebe o valor básico acrescido de 100% do í­ndice da poupança. Em agosto, 17 usinas de leite receberam R$ 1,6591 por litro de leite ( LCR-1), 25 usinas receberam o LCR-2 ( R$ 1,6551) e 12 usinas receberam o valor básico ( LCR-3), de R$ 1,6512 por litro de leite.

FAZENDA CERTIFICADA- Na propriedade Santa Cecí­lia, dos irmãos Pedro e André Felipe Amaral, no interior do municí­pio de Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba, a produção de leite é a principal atividade da fazenda, que possui 78 alqueires de terra, grande parte coberta por pastagens.

A propriedade é certificada como livre de brucelose e tuberculoses, o que comprova que o leite e produtos derivados obtido na propriedade respeitam normas sanitárias e provém de animais sadios.

Para Pedro, o status sanitário conquistado agrega valor ao produto. “O leite produzido em propriedade certificada, livre de doenças como a tuberculose e a brucelose, consegue ser comercializado com preço melhor, o que garante ao produtor maior rentabilidade e ao consumidor qualidade no produto”, destacou ele.

Com mais de 130 cabeças de vacas da raça holandesa, os proprietários conseguem obter, em média, 35 litros de leite por animal, nas tríªs ordenhas realizadas ao dia A produção ultrapassa 4 mil litros de leite diários e é toda comercializada com o laticí­nio Leite da Fazenda, uma das usinas que coleta, pasteuriza, envasa e distribui o leite das crianças.

“O processo de ordenha é feito com máquinas e baseado em normas da vigilí¢ncia sanitária, na qual a extração do leite é feita de forma em que o animal não é submetido a situações de estresse. Nosso rebanho é criado com critérios de bem estar animal. Todo nosso cuidado com o rebanho, com o cumprimento das normas sanitárias, garante um leite de melhor qualidade. E é muito bom ser reconhecido e valorizado por isso, recebendo um valor melhor por litro de leite. í‰ um incentivo importante para continuarmos a manter padrões de excelíªncia”, diz Pedro Amaral.

INVESTIMENTO COM RETORNO – O proprietário do laticí­nio Leite da Fazenda, Marcos Bandeira, também do municí­pio de Piraquara, recebe o leite que a fazenda Santa Cecí­lia produz. Ao todo, 130 agricultores familiares e médios produtores de leite da região fornecem o produto ao laticí­nio. Grande parte da matéria-prima, que corresponde entre 35 a 45 por cento do volume de leite do laticí­nio é comercializado no Programa Leite das Crianças.

“Fomos o segundo laticí­nio do estado a participar quando começou em 2003. Foi necessário nos adequarmos í s normas do programa e isso nos trouxe um ganho muito grande porque parte da produção tem preço e venda garantidas”, destaca Marcos.

Cerca de 14 mil litros de leite são distribuí­dos diariamente em 14 cidades da Região Metropolitana de Curitiba e Litoral. Para atender a demanda, Marcos investiu na aquisição de caminhões-tanque e cí¢maras frias, aumentou o número de funcionários, comprou novos equipamentos e acrescentou outros produtos derivados do leite produzidos pelo laticí­nio. “O programa do leite ajudou a impulsionar nossos negócios. Hoje, além do leite pasteurizado, produzimos também creme de leite, iogurte e bebida láctea”, acrescentou.

Ainda é madrugada quando os caminhões-tanque fazem a coleta do leite nas propriedades. “Toda a matéria-prima passa por uma verificação de temperatura, acidez e de higiene no local antes de ser levada para a usina”, explica Marcos.

No laticí­nio são realizados testes que garantem a qualidade do leite pasteurizado. “Todo o processo, desde a produção até a distribuição, tudo precisa ser feito com muito cuidado para não comprometer a qualidade e a durabilidade do produto”, destacou ele.

A qualidade do leite é levada a sério tanto pelos produtores, usinas de leite e consumidores. “Há dez anos nós não tí­nhamos uma qualidade no leite como alcançamos hoje. O Programa Leite das Crianças, por exemplo, paga mais pelo leite que possui melhor qualidade. Esse valor chega a R$ 1,00 o litro, podendo variar para mais ou para menos”.

Segundo ele, a qualidade é determinante na durabilidade do produto. “Hoje o leite pasteurizado de qualidade consegue ter um prazo de validade de até sete dias, esse resultado quer dizer que toda a cadeia produtiva de leite no estado melhorou”.

O PROGRAMA – Desde a implantação em maio de 2003, o programa já beneficiou mais de 1,3 milhão de crianças nos 399 municí­pios do estado. Atende em média 136 mil crianças diariamente, com a distribuição gratuita de um litro de leite enriquecido com ferro e vitaminas. São beneficiadas crianças com idade entre 06 e 36 meses, integrantes de famí­lias com renda mensal inferior a meio salário mí­nimo regional.

O Leite das Crianças é executado pelo Governo do Estado por meio das Secretarias do Trabalho, Agricultura, Educação, Saúde, Famí­lia e Desenvolvimento Social, em parceira com prefeituras municipais e a sociedade.
http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=76355&tit=Qualidade-garante-mais-renda-aos-produtores-do-Programa-Leite-das-Criancas

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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