O governador André Puccinelli disse que a meta é tornar a produção muito maior do que é hoje
O programa governamental MS Forte – Mais produção acaba de ganhar mais um subprograma, especificamente voltado para a valorização e fortalecimento da cadeia produtiva do leite. Coordenado pelo governo do Estado, o Leite Forte vai unir produtores, indústrias, comércio, instituições de assistíªncia técnica e pesquisa, prefeituras e instituições de crédito, otimizando a forma de atuação e os recursos utilizados.
Nesta segunda-feira (4), em Campo Grande, o governador André Puccinelli e a secretária de Produção, Tereza Cristina Dias, assinaram com os parceiros o Termo de Cooperação. “Colocamos todos juntos neste projeto, que é importantíssimo, principalmente para o pequeno e médio produtor, que trabalha muito e vive com pouco. í‰ uma oportunidade de estruturar toda a cadeia produtivaâ€, afirmou a secretária. “Estamos fazendo deste estado um estado que vai começar a aparecer no Brasil na produção leiteiraâ€.
Os números atuais colocam Mato Grosso do Sul distante deste mapa: a produtividade média é de somente 2,7 litros por vaca/dia, e o total atinge um milhão de litros no auge da safra. Muito pouco, considerando que só a mais recente indústria de laticínio instalada em Terenos tem uma demanda equivalente a essa quantidade. “Queremos chegar í produção de dois milhões rapidamenteâ€, afirmou a secretária de Produção.
O termo de compromisso foi firmado com a Secretaria de Irrigação, do Ministério da Integração Nacional; Superintendíªncia Federal de Agricultura; Banco do Brasil; Delegacia Regional do Ministério do Desenvolvimento Agrário; Assembleia Legislativa; Secretarias de Educação e de Trabalho e Assistíªncia Social; Federação de Agricultura e Pecuária de MS; Serviço Nacional de Aprendizagem Rural; Federação das Indústrias de MS; Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de MS; Organização das Cooperativas do Brasil/MS; Associação de Municípios; Sebrae, CUT; CGT, Fetagri; e Federação da Agricultura Familiar. Também participam outras instituições vinculadas ao governo do Estado e a esses parceiros principais.
Pecuária e indústria
O governador André Puccinelli disse que a meta é tornar a produção muito maior do que é hoje e garantiu que isso não vai prejudicar os produtores na questão do preço. A intenção do governo é equilibrar o apoio í instalação de indústrias com a valorização daqueles que produzem a matéria prima. “Essa é a política que fazemos de um MS Empreendedorâ€, assegurou.
A indústria de laticínio de Terenos foi uma das empresas captadas pelo governo, em parceria com a Prefeitura, por meio de incentivos fiscais e tributários e colaboração também em parte da edificação. De acordo com o prefeito do município e representante da Assomasul na assinatura do Acordo, Beto Pereira, o Leite Forte promove a política organizada da cadeia produtiva e garante resultados a ações “que sozinhas até seriam vitoriosas, mas demorariam a alcançar os objetivosâ€. “Nessa indústria que temos em Terenos, entram 240 mil litros/dia e são empregadas 250 trabalhadores. Nosso objetivo é alcançar a capacidade plena: de 1 milhão de litros e gerando 1.500 empregosâ€.
Para o presidente da Fiems, Sérgio Longen, a melhoria do processo de produção é tão importante para a indústria quanto é para o setor primário. “Estamos procurando aqui um caminho para a produção e, dessa forma, também para a industrialização do leite, que cada vez mais requer melhores condiçõesâ€. A iniciativa teve também o respaldo do presidente do Conselho Deliberativo do Senar e representante da Famasul, Ademar Silva Junior. “Todo o sistema Sindical, a Famasul, o Senar e o Funar estão í disposição para fazer com que o estado e os produtores possam, de fato, produzir em quantidade e qualidade, gerando emprego e renda, e fortalecendo mais a economia de Mato Grosso do Sulâ€, afirmou. O senador Waldemir Moka, que apoia projetos nesse segmento e também participou da assinatura, defendeu que se fortaleça a preocupação com a comercialização do leite, pediu aumento da parceria com o MDA, e disse que tem buscado junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econí´mico e Social) a criação de linha de crédito para o setor.
O secretário nacional de Irrigação, Ramon Flávio Gomes Rodrigues, destacou como modelo os aspectos de integração e de busca da produtividade propostos no Leite Forte. Para ele, são ações que vão ao encontro do que prevíª o mais recente relatório da FAO – o órgão das Nações Unidas para o setor de alimentos – que indica que é preciso duplicar a produção de 2009 para alimentar o mundo até 2050. “Isso só se consegue aumentando a área, o que significaria afetar o biomas, ou então elevando a produtividade, agregando todos os envolvidos. No que diz respeito ao Ministério da Integração, vamos aportar R$ 5 milhões para investimento para irrigaçãoâ€, anunciou.
Em uma primeira etapa o Projeto Leite Forte se propõe atender 1.500 produtores na região central do Estado, englobando 17 municípios, aumentando a produção e a qualidade em até 240 mil/litros/dia, ao longo de tríªs anos. Com a consolidação desta etapa, a meta é estender o projeto aos demais municípios do Estado.
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