Reunião privada debateu situação específica de Alagoas que sofre maior estiagem dos últimos 30 anos
Logo após a audiíªncia pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado que discutiu a crise na cadeia produtiva do leite em todo país, representantes de produtores de leite de Alagoas participaram de uma reunião privada para debater a situação específica do Estado que sofre com a maior estiagem dos últimos 30 anos. De acordo com dados da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA), a produção de leite já caiu 72%.
Entre as reivindicações apresentadas estão a abertura de linhas de crédito com juros baixos e prazo para o plantio de palma, extensão das condições de financiamento oferecidas í agricultura familiar para pequenos e médios produtores e a revitalização e construção de barragens.
“A situação tende a se agravar a cada dia. Não tem água, não tem mais palma para alimentar o rebanho que está sendo dizimado. A economia das cidades que sobrevivem do leite está sendo afetada. Precisamos de ações emergenciais e estruturantes que garantam a convivíªncia com a seca. A audiíªncia pública foi válida, mas temos que trazer a discussão para os desafios da realidade nordestinaâ€, revelou o presidente da ACA, Domício Arruda Silva.
Os produtores foram recebidos pelo presidente da CRA, senador Benedito de Lira (PP-AL), e pelo presidente da Cí¢mara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados, do Ministério da Agricultura, e presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo San´t Anna Alvim. Também participaram do encontro representantes de Pernambuco, o secretário de Agricultura e do Desenvolvimento Agrário de Alagoas, José Marinho Júnior, o presidente da Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas, Aldemar Lima Queiroz Monteiro, e o SEBRAE Alagoas.
Benedito de Lira deve propor uma reunião exclusiva da CRA para discutir a pecuária de leite e os impactos da seca no Nordeste para cobrar ações das autoridades competentes. Ele pediu que o segmento apresentasse uma pauta de ações que podem ser adotadas a curto, médio e longo prazos e se comprometeu a buscar soluções, principalmente, no Governo Federal.
“Se produzir leite no país está complicado conforme os relatos da audiíªncia, ser produtor no sertão é literalmente tirar leite de pedra. Não consigo compreender como os rebanhos morrem de fome e sede na sexta economia do mundo. Não existe política de Estado, nem de governo para a convivíªncia com a secaâ€, destacou o senador.
http://www.tribunahoje.com/noticia/59798/politica/2013/04/04/produtores-de-leite-alagoanos-apresentam-reivindicaces-no-senado.html