Agricultores familiares de Almeirim, no oeste do Pará, acompanhados pelo técnico em agropecuária da Empresa de Assistíªncia Técnica e Extensão Rural do Estado (Emater) Elinaldo Silva, participam de uma excursão técnica í s queijarias do Marajó. Nesta quarta-feira (10), eles conheceram a experiíªncia da primeira queijaria marajoara, a Produtos Alimentares Mironga, que recebeu do governo do Estado certificação por meio da lei estadual que regulamenta a comercialização de produtos artesanais, seja de origem animal ou vegetal.
A iniciativa de promover a visita partiu dos técnicos da Emater, diante da situação em que está a produção de queijo de búfala no município de Almerim. Com a fabricação artesanal, no fim do míªs passado, a produção familiar sofreu uma baixa, com a interdição das queijarias do município por parte da Agíªncia de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará).
Segundo Elinaldo Silva, cerca de 500 produtores, das 724 propriedades pecuárias do município, vivem desta atividade. “A população bubalina ultrapassa a bovina, temos mais de 30 mil cabeças de búfalo. Assim, tínhamos de encontrar uma maneira de adequar essa produção e oportunizar, quem sabe, uma certificação para os nossos produtoresâ€, diz o técnico.
Para a médica veterinária Maria Onilse Ribeiro, da Coordenadoria de Operações da Emater, o cronograma de atividades e visitas no Marajó pretende oferecer aos produtores de Almeirim noções da estrutura e funcionamento das queijarias artesanais, inclusive da que já tem registro e daquelas que estão em fase de adequação í lei estadual.
“Somente tendo acesso í s informações da Emater, Adepará e dos produtores marajoaras, será possível promover a mudança na mentalidade do produtor de Almeirim, e assim ajudá-lo a ter condições de produzir um produto artesanal de qualidade. Essa troca de experiíªncias é muito importanteâ€, frisou a veterinária.
O próximo passo após a excursão, que segue até sexta-feira (12), é uma reunião com os pecuaristas da região para que sejam passadas as informações apuradas pelo grupo de agricultores familiares na viagem. “Em um próximo momento será aplicado um questionário para saber a real situação dos produtores. Ainda organizaremos um seminário e capacitações, desde o processo de manejo animal até o beneficiamento do leite, passando pela organização social. Vamos em frente até conquistar a certificação do nosso queijo, que já é tradição no Baixo Amazonasâ€, disse o técnico da Emater.
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