A Fonterra anunciou que um lote de creme de leite fresco fornecido para Anchor e Pams estava contaminado com E. coli e recolheu 8.700 garrafas – de 300 e 500 mililitros – do produto
Produtor pede que presidente e diretores da Fonterra se demitam após recall.O presidente e outros membros do conselho diretor da Fonterra deveriam se demitir, segundo um produtor de Waikato, após o último medo de contaminação alimentar da gigante do setor de lácteos da Nova Zelândia. A Fonterra anunciou que um lote de creme de leite fresco fornecido para Anchor e Pams estava contaminado com E. coli e recolheu 8.700 garrafas – de 300 e 500 mililitros – do produto.
O produtor de leite de Tamahere – e acionista da Fonterra -, Russa Rimmington, está pedindo que o presidente da Fonterra, John Wilson, e os membros da diretoria, demitam-se, porque trata-se do segundo recall de produtos em menos de seis meses. A Fonterra também recolheu fórmulas infantis e bebidas esportivas por causa do medo de estarem contaminadas com a bactéria causadora do botulismo em agosto passado.
“Algumas cabeças preciam rolar, esses membros da diretoria deveriam ficar de olho em seu futuro”, disse Rimmington, que não conseguiu ser eleito para a diretoria por duas vezes. “É uma companhia de NZ$ 20 bilhões (US$ 16,67) e continuam cometendo esses erros absurdos”.
“John Wilson deveria se demitir imediatamente, não há dúvidas disso, e outros membros estão ganhando NZ$ 200.000 (US$ 166,72) por ano para que? A segurança alimentar e o controle dos riscos precisam ser sua maior prioridade. Isso está afetando nossa marca, não somente a Fonterra, mas a New Zealand Inc. e a Danone é um exemplo disso”.
A gigante francesa do setor de alimentos cancelou seu contrato de fornecimento com a Fonterra e está tomando ações legais contra a cooperativa por mais de NZ$ 492 milhões (US$ 410,14 milhões) em compensação. “Isso está saindo de nosso pagamento. O pagamento deveria ser de NZ$ 14 (US$ 11,67) por quilo de sólidos do leite, não NZ$ 8 (US$ 6,66)”.
Rimmington ficou bravo porque quase 24 horas após o recall ter sido anunciado pela mídia, Wilson não entrou em contato com os 10.500 produtores acionistas para explicar a situação. Ele pediu uma série de reuniões nacionalmente, sob o comando do presidente e dos diretores da cooperativa.
O acionista da Fonterra e presidente provincial da Waikato Federated Farmers, James Houghton, também ficou frustrado com a falta de comunicação com os acionistas. Ele disse que somente soube da contaminação com E. coli através de e-mails fornecidos pelo serviço de notícias, The Global Dairy. “É frustrante, como produtor, que essas coisas aconteçam”.
Porém, o produtor de Waikato, Bruce Rowe, disse que ficou impressionado quando o diretor gerente da Fonterra Brands, Peter McClure, disse que esse foi o primeiro teste positivo para E. coli em quase 20 anos.
O presidente da seção de lácteos da Federated Farmers, Willy Leferink, disse que o recall mostrou que os sistemas de garantia de qualidade da Fonterra funcionam. “Isso também mostrou que a rastreabilidade está funcionando, porque a cooperativa zeraram os lotes envolvidos e os locais onde foram vendidos”.
A reportagem é do http://www.stuff.co.nz