A captação do leite pelas indústrias e cooperativas teve uma queda no início deste ano, segundo o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea).
A menor produção em janeiro está ligada à seca nos estados da região Centro-Sul do Brasil, de acordo com os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
Com menor produção, o preço do leite pago ao produtor caiu 0,41% no mês de fevereiro. O ICAP-L/Cepea recuou 0,3% de dezembro/13 para janeiro/14, depois de manter alta por sete meses consecutivos. O grande volume de leite estocado nos laticínios e cooperativas diminuiu as compras de matéria-prima por parte dessas empresas. A queda de preço de janeiro para fevereiro não era registrada desde 2004.
De todas as regiões analisadas pelo Cepea, somente Goiás, Minas Gerais e Bahia registraram aumento nas cotações do leite. No caso da Bahia, onde o clima não atrapalhou, a captação chegou a aumentar 9,54% em janeiro, mas a firme demanda pela matéria-prima manteve o preço em alta. A seca em diversas regiões produtoras de leite danificou os pastos e prejudicou a produção da silagem que seria utilizada nos próximos meses.
Em Goiás, mesmo com o aumento nas cotações, a captação reduziu 5,22%. O preço do leite bruto pago ao produtor, em fevereiro/2014, foi de R$ 0,9910 por litro, já incluso frete e impostos. Os preços brutos negociados superaram 5,6% em comparação ao mesmo período de 2013.
O preço líquido médio sem o acréscimo de frete e impostos pago ao produtor foi de R$ 0,9125/litro em fevereiro/14, 0,59% menor em comparação a janeiro/14. Para os próximos meses, 48,4% dos agentes de laticínios e cooperativas consultados pelo Cepea aguardam alta em março/2014. Mas, 43,2% dos agentes acreditam em estabilidade e 8,4% dos entrevistados têm expectativa de queda nos preços para o próximo mês.
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