Durante a “Hora do Leite†realizado nesta sexta-feira (14), na sede do SRCG (Sindicato Rural de Campo Grande), o Silems (Sindicato das Indústrias de Laticínios de Mato Grosso do Sul), o Conseleite (Conselho Paritário Produtores de Leite e Indústrias Laticínia), a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e os produtores de leite reuniram-se para discutir medidas emergenciais para o setor leiteiro.
Na oportunidade, foi entregue um abaixo-assinado com duas mil assinaturas com as principais reivindicações do segmento para a secretária estadual de Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo, Tereza Cristina Corríªa da Costa Dias, encaminhar ao Governo Federal. Segundo a presidente do Silems, Milene de Oliveira Nantes, no manifesto estão presentes diversas reivindicações, tais como o pedido de medidas que reduzam a crescente importação de leite e derivados e o custo de produção.
“As dificuldades enfrentadas pelo segmento estão se tornando crescentes e são necessárias soluções urgentes para minimizar a crise que estamos passando. Hoje, o Estado tem 24 mil produtores de leite e, destes, mais da metade são da agricultura familiar, que sobrevivem por conta da produção leiteira, sendo essa a sua principal atividade geradora de rendaâ€, pontuou a presidente do Silems.
União – Na avaliação dela, a indústria e os produtores rurais enfrentam problemas semelhantes – a pesada carga tributária. “Para que tudo isso se resolva, precisamos desenvolver mecanismos que possam subsidiar o produtor rural e, consequentemente, melhorar o desempenho da indústriaâ€, reivindicou.
Já a secretária Tereza Cristina destacou as ações das entidades envolvidas em prol do segmento. “Precisamos, de mais ações e, para isso, iremos imediatamente encaminhar esse manifesto aos órgãos competentes em Brasília. Esse é um movimento nacional em que outros Estados considerados grandes produtores de leite também estão levando as suas reivindicaçõesâ€, frisou.
Reunião Ordinária – Paralelo ao evento, o Silems realizou a reunião ordinária, que é promovida mensalmente, e, na ocasião, foram discutidas as importações e demais problemas enfrentados pela classe. Milene Nantes ressalta que a reunião tem a finalidade de pontuar e frisar as problemáticas do setor e dar continuidade í s discussões para levantar medidas satisfatórias.
O primeiro semestre de 2012 fechou com aumento de 520% na importação de lácteos. O Estado alcançou 3.437 toneladas no acumulado de janeiro a junho de 2012, enquanto o Uruguai foi responsável por 65% do atendimento í demanda, seguido pela Argentina, com 33% do produto comprado por Mato Grosso do Sul. “Esse problema tem de ser revertido para evitar a quebradeira generalizada do segmentoâ€, avaliou Milene Nantes.
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