#Portalacteo:Danone inova e lança iogurte em garrafa PET

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A nova linha de produção vai aumentar em 50% a capacidade de fabricação de iogurtes lí­quidos da empresa

A fábrica da Danone em Poços de Caldas (MG) está recebendo investimentos de R$ 50 milhões para iniciar a produção de um formato inédito no paí­s: a garrafa PET de 1,350 litro. Até agora, o maior formato da Danone era o da garrafa de 900 ml e, no mercado, quem apresentava a maior embalagem era a Vigor, com 1 litro de iogurte. «Queremos oferecer uma garrafa maior, a um custo por porção menor», afirmou presidente da empresa no paí­s, Mariano Lozano, ao Valor.

A nova linha de produção vai aumentar em 50% a capacidade de fabricação de iogurtes lí­quidos da Danone – cerca de metade do consumo brasileiro está nos iogurtes lí­quidos e, a outra metade, nos cremosos. A fornecedora Graham Packaging introduziu uma nova tecnologia de sopro de embalagens, que passam a ser produzidas dentro da fábrica da Danone em Poços de Caldas.

Com o novo conceito, o peso das embalagens é reduzido e, consequentemente, há diminuição das emissões de gás carbí´nico, outra preocupação da multinacional, diz Lozano. Entre 2010 e 2012, a Danone mundial se comprometeu a reduzir em 30% as emissões de gases do efeito estufa. «O Brasil já conseguiu reduzir em 35%», diz.
Inovador

No iní­cio de outubro, o primeiro produto em PET de 1,350 litro será o Activia, com preço sugerido entre R$ 8,49 e R$ 8,99. A porção de 100 ml da garrafa PET será até 14% menor que o da embalagem de 900 ml do Activia. Com isso, Lozano espera fazer com que a média de consumo no paí­s vá bem além de um iogurte por semana.

«Na Holanda, onde o consumo é de praticamente um iogurte por dia, o í­ndice é de 34 kg per capita ao ano, mas mesmo aqui perto, na Argentina, o í­ndice é muito maior: 15 kg por pessoa ao ano», diz Lozano, um argentino que está há 12 anos na Danone e assumiu a direção da empresa no Brasil há tríªs anos, depois de passar pelas subsidiárias da Eslováquia e da ífrica do Sul. «Nosso ideal é que o iogurte faça parte da cesta básica do brasileiro», diz o executivo.
O Brasil é o quarto maior mercado da multinacional, depois de Estados Unidos, França e Espanha. «Brincamos internamente que, até 2015, seremos maiores que a Espanha», afirma Lozano, ressaltando que o faturamento da Danone no Brasil está a «algumas poucas centenas de milhões» de distí¢ncia da Espanha. No paí­s, afirma, a Danone não registra desaceleração nas vendas e vem crescendo 15% ao ano.

Investimentos
Em 2012, o investimento em bens de capital (capex) se manteve igual ao de 2011 e 2010, em torno de R$ 100 milhões. Mas, a partir de 2013, esse montante deve aumentar, afirma Lozano. «A fábrica que inauguramos em 2010 no Ceará, em Maracanaú, já está perto da capacidade total», diz o executivo. No mundo, a Danone é dona de 47 fábricas, duas delas no Brasil. A de Poços de Caldas é a terceira maior do grupo, só atrás de unidades industriais do México e dos Estados Unidos.

Além de aumentar a capacidade de Maracanaú, é possí­vel que o aumento do capex da Danone em 2013 seja usado em novos produtos. A empresa costuma fazer grandes lançamentos a cada dois anos. Em 2009, a empresa presentou a marca Actimel, quando passou a disputar o segmento de leite fermentado. Em 2011, foi a vez de apresentar Densia, um iogurte sem gordura que supre 50% das necessidades diárias de cálcio.

Com as investidas, a Danone procura diminuir a dependíªncia do o Activia, iogurte que garante auxiliar no funcionamento regular do intestino e que se tornou o carro-chefe da companhia no paí­s. Lozano afirma que essa meta vem sendo cumprida. «Há quatro anos, o Activia representava 50% das vendas, hoje, responde por 30%», diz o executivo.

O mercado de produtos lácteos frescos (iogurtes, leite fermentado e petit suisse) movimentou R$ 5 bilhões no Brasil em 2011. Desse total, a participação da Danone é de 38%. A segunda colocada, Nestlé, tem cerca de 19%, apurou o Valor.

No Brasil, empresa resiste ao grego, sucesso nos EUA
A Danone investiu US$ 220,6 milhões em publicidade no ano passado, segundo o Ibope. O montante a coloca entre os 40 maiores anunciantes do paí­s. Mas Mariano Lozano, presidente da empresa no Brasil, diz que gostaria de dividir essa exposição com outros competidores. «Oitenta e cinco por cento dos investimentos em mí­dia da categoria iogurtes são feitos pela Danone», diz ele. «Quem entrar anunciando qualquer produto será bem-vindo, é um impulso para o consumo da categoria».

A rival Nestlé resolveu «ajudar». Este míªs, a fabricante levou ao ar uma campanha nacional, pela Rede Globo, para anunciar o seu iogurte grego. A categoria foi inaugurada no paí­s em julho, pela Nestlé e pela Vigor. As empresas ainda não fornecem dados sobre o desempenho do produto mas, segundo a Nestlé, «superou as expectativas». Nos Estados Unidos, a venda de iogurte grego representa 22,8% do consumo e já ultrapassou a demanda por iogurte light.

Lozano desconversa quando o assunto é lançar o iogurte grego no Brasil. Nos EUA, a sua marca a Dannon Oikos é a terceira em vendas do segmento. Segundo Lozano, trata-se de um produto 100% proteí­na, sem gordura, diferente das fórmulas lançadas no Brasil, «que tíªm muita gordura», alfineta.

A diretriz mundial da Danone é fornecer produtos de apelo saudável – por isso a empresa saiu dos biscoitos em 2007, quando vendeu a divisão para a Kraft. Dois anos depois, em 2009, morreu Daniel Carasso, filho do fundador da Danone, aos 103 anos. Seu segredo? Tomar um iogurte por dia. O nome Danone foi inspirado nele: na Catalunha, «Danon» é apelido de Daniel.

Fonte: Newtrade

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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