Com o objetivo de avaliar a eficáciado treinamento promovido pelo programa Sistema Mineiro de Qualidade do Leite (SMQL), o Polo de Excelíªncia de Leite e Derivados realizou uma pesquisa de satisfaçãocom alguns laticínios participantes da primeira fase da iniciativa.
A avaliação foi realizadadurante o míªs de agosto, com um grupo de amostragem formado por oito laticíniose dois escritórios da EMATER-MG, escolhidos aleatoriamente entre as indústrias que implantaram o treinamento. Os entrevistados deram notas de 1 a 10 para nove questões objetivas. As perguntas foram respondidas pelo técnico, que participou efetivamente de todo o processo de implantação do programa nas fazendas.
Entre os itens avaliados estavam os principais pontos abordados pelo SMQL, tais como: a redução no número de Contagem Bacteriana Total (CBT) e Contagem de Células Somáticas (CCS) no leite produzido, a política do pagamento por qualidade do leite, a difusão dos ensinamentos para os produtores rurais etécnicos envolvidos na capacitação.
“Com os resultados, percebemos que o programa se mostrou eficiente nos pontos críticos onde gostaríamos que ele atuasse. Queríamos que houvesse uma mudança não apenas do produtor, mas da cadeia leiteira inteira. E os resultados mostram essa conscientização de todosos elosâ€, declara o coordenador da iniciativa, Abel Leocádio Fernandes.
Ainda segundo Fernandes, a pesquisa servirá para discutirações e traçar estratégias para o desenvolvimento da segunda etapa do SMQL, já em execução no Norte e Nordeste de Minas Gerais. «Nós iremos promover reuniões com os laticínios e instituições parceiras envolvidas no programa, para apresentar os resultados e definirmos ações para aumentar o nível deexcelíªncia do treinamento», ressalta.
Principais resultados
A pesquisa mostra que ositens avaliados obtiveram uma média de 80% de satisfação dos entrevistados, sendoque em dois quesitos – qualidade do treinamento e qualificação dosprofissionais envolvidos na capacitação – o índice chega a 90%. “Os números sãosatisfatórios, mas ainda há pontos que precisamos melhorar. Por outro lado, tivemos algumas surpresas agradáveisâ€, analisa o coordenador do programa.
Entre as surpresas citadas por Fernandes está a quantidade de técnicos e produtores rurais treinados pelo SMQL. A expectativa era de um a dois técnicos por laticínio, enquanto que o número de fornecedores esperado era de 10 a 15. A pesquisa aponta, no entanto, que aparticipação dos profissionais foi superior ao estimado. Entre os entrevistados,foram 32 técnicos e 290 produtores rurais envolvidos.
Outro ponto positivo reveladopela avaliação foi a melhoria na qualidade do leite produzido, com aimplantação do SMQL. A maioria dos entrevistados respondeu que houve redução nonúmero de Contagem Bacteriana Total (CBT) e Contagem de Células Somáticas (CCS) presentes no leite. Além de relatarem que o programa também ajudou na questãoda limpeza, no rendimento e na durabilidade dos produtos nas prateleiras, noaprimoramento profissional e na qualificação dos técnicos.
Questionados sobre o interesse em repassar as técnicas empregadas pelo SMQL, todos os entrevistados responderam positivamente. Dois laticínios relatam, inclusive, que já estão difundindo as práticas adotadas para outros produtores rurais. “Existe umavontade grande por parte dos laticínios em multiplicar o conhecimento. Isso mostra que eles não só colocaram em prática tudo o que aprenderam, como setornaram agente difusor da iniciativaâ€, declara o coordenador do SMQL.
No quesito pagamento porqualidade do leite, a pesquisa revela que 80% dos entrevistados já adotam apolítica da bonificação. Em alguns laticínios, a prática vem sendo executada hámais de cinco anos. “O SMQL não precisa impor aos laticínios í adoção dosistema de pagamento por qualidade do leite. As próprias indústrias estãopercebendo que isso é uma questão de mercadoâ€, explica Fernandes.
Para ter acesso ao relatório da pesquisa, basta acessar a página do Polo do Leite: www.polodoleite.com.br
Fonte: Polo do Leite