Pecuarista duplica produção de leite com menos da metade do rebanho

O Dia Especial realizado na propriedade de Adeilson Mendes Castillans, reuniu mais de 200 agricultores familiares para conhecer um projeto que vem dando certo: o manejo de pastagem irrigada.
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O Dia Especial realizado na propriedade de Adeilson Mendes Castillans, reuniu mais de 200 agricultores familiares para conhecer um projeto que vem dando certo: o manejo de pastagem irrigada. A propriedade, transformada em unidade demonstrativa de manejo de pastagem, recebeu da Seagri, via Emater, incentivo do Programa Estadual de Melhoria da Qualidade e Produtividade do Leite (Proleite). Com assistência técnica efetiva o produtor reduziu a pastagem, diminui o número de animais e viu sua produtividade aumentar em mais de 500%.

O leite é um produto de relevada importância para a economia do Estado e o Fundo Proleite veio para garantir investimentos nesse setor. Foi através do Fundo Proleite que o governo estadual, por meio da ação conjunta entre Seagri e Emater, implantou unidades demonstrativas em diversas localidades do estado para mostrar a capacidade de rendimento em uma propriedade que atende às orientações técnicas específicas.

A propriedade de Adeilson, localizada no km 3,5 da Linha 2, no setor Porto Murtinho, em São Francisco do Guaporé, é uma dessas propriedades. “Ele recebeu, há menos de um ano, o “kit proleite”, materiais como arame, adubo e kit de choque para trabalhar com o manejo de pastagem em sua propriedade”, explica o gerente da Emater/local, Clébio Lima Barreto. Na região foram distribuídos 30 desse kit, dos quais cinco ficaram em São Francisco do Guaporé. Com esse material o agricultor e sua família receberam orientações técnicas dos extensionistas da Emater para melhorar a sua pastagem.

No caso da família de Adeilson, ele mantinha 29 hectares de pastagem com braquiária onde criava 46 vacas leiteiras e obtinha uma produção de 80 litros por dia, ou seja, sua produtividade era de 1,7 litros por animal, muito abaixo da média do estado que é de 3,5 a 4,5 litros/animal. Com as orientações técnicas recebidas ele deu início ao sistema de pastagem rotacionada e irrigada – sistema que divide a área em piquetes que são submetidos a períodos alternados de pastejo, a fim de obter maior controle do pasto.

O resultado obtido pode ser visto pelos participantes do Dia Especial sobre Manejo de Pastagem, realizado na propriedade. Para melhor visualização os técnicos mantiveram uma área com o sistema antigo adotado pelo agricultor e deram sequência ao novo sistema nas demais áreas. A diferença é nítida, enquanto a área sem manejo está seca e sem vida, a área manejada esbanja vitalidade e exuberância.

Porém, mais importância que a beleza externa está a fonte de nutrientes que a nova pastagem oferece como alimento. Com a área piqueteada o agricultor reduziu seu rebanho de 46 para 18 animais e a área de pastagem de 29 hectares para 22 piquetes de cinco hectares cvada. Alimentadas pelo pasto novo as vacas passaram a produzir, em cinco hectares, 165 litros de leite/dia, obtendo uma produtividade, em média, de 9,16 litros/animal.

“Esse resultado ainda é parcial”, explica o médico veterinário Anderson Kuhl, da Emater, que vem assistindo a família Castillans, complementando que a família recebeu os materiais de incentivo do governo estadual em dezembro de 2014 e, em menos de um ano, conseguiu resultados acima da média esperada.

Além de apresentar os resultados obtidos com o manejo de pastagem rotacionada e irrigada, o Dia Especial contou com a participação do secretário da Seagri, Evandro Padovani, presidente da Emater, Luiz Gomes Furtado, deputado estadual, Lebrão e prefeita Gislaine Clemente para entrega do Cartão Mais Calcário, beneficiando o município com mil toneladas de calcário e 49 títulos de regularização rural, do programa Terra Legal, além do Cadastro Ambiental Rural (CAR), liberação de 1.300.000,00 reais contratados pelo Banco da Amazônia através do Pronaf, entre outros.

Fonte: Emater

Autor: Wânia Resutti

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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