“Em curto prazo, deveria ser compensada a pressão no mercado – provocada pela perda do principal importador da União Europeia (UE) para os produtos lácteos: a Rússia (esse mercado representa 13% em termos de volume e 13,4% em termos de valor); bem como a redução nas compras por parte da China”. “O preço pago aos produtores pelo leite com intervenção pública cobre apenas 60% dos custos de produção e puxa os preços para baixo. Deve, portanto, ser atualizado para levar em consideração as realidades do mercado e evitar que esse entre em colapso”, disse Raymond.
“Também precisamos de ajuda para encontrar novas saídas no mercado para nossos produtos, suprimir os obstáculos artificiais ao comércio e que se reforcem as ajudas à promoção das exportações”.
“As previsões apontam para um aumento da demanda global de produtos lácteos a médio prazo, de 2,1% ao ano até 2024, e devemos estar à altura para aproveitar essas oportunidades de mercado. Deve fomentar-se o desenvolvimento dos mercados futuros para subtrair a volatilidade do mercado e ajudar os agricultores em sua gestão de risco. Com relação a isso, o apoio das instituições da União Europeia (UE) é de uma importância crucial. Deve-se incentivar as cooperativas lácteas para que ajudem os produtores a gerenciar melhor seus riscos e conseguir melhores preços pelos produtos. São necessárias a maior transparência e a abertura da cadeia de abastecimento alimentar, o que se pode conseguir mediante o Observatório de Mercado de Leite da EU, recém criado, que proporciona dados atualizados sobre o mercado de leite”.
A reportagem é do Agrodigital, traduzida e adaptada pela equipe MilkPoint.