#O que há no Brasil, com relação a políticas públicas e ações de incentivo para que os jovens permaneçam no campo?

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Diante do artigo publicado no dia 23 – “Entenda como os filhos de produtores rurais americanos criam raízes na agropecuária” (acesse aqui o artigo) – o MilkPoint decidiu fazer uma enquete junto aos leitores para tentar descobrir o que há no Brasil com relação a políticas públicas e ações governamentais de incentivo aos jovens para que permaneçam no campo.

O artigo acima citado, traduzido da Revista Americana The Economist, nos mostra o interesse e empenho do governo dos EUA em incentivar a pesquisa e o desenvolvimento da ciência e de tecnologias no agronegócio e, principalmente de levar toda essa informação para o campo desenvolvendo crianças e jovens para se tornarem grandes produtores e/ou pesquisadores no futuro. O Programa 4-H Youth Development fornece suporte e desenvolvimento aos jovens em áreas rurais, fornecendo a eles as ferramentas necessárias e possibilitando que desenvolvam as habilidades que precisam para fortalecer e sustentar suas comunidades. O governo dos EUA estabeleceu as seguintes metas para o 4-H: capacitar as comunidades rurais a envolver jovens como parceiros na tomada de decisões; melhorar a qualidade dos programas extra-curriculares nas comunidades rurais aumentando as competências dos futuros fornecedores de alimentos e integrando-os ao 4-H; fornecer equipe profissional e o desenvolvimento de voluntários para aumentar a capacidade produtiva de regiões, estados e comunidades locais para alcançar as duas primeiras metas. Atingindo estas metas, conforme o mesmo texto diz, o Governo americano acredita que crianças e jovens criarão raízes profundas no campo, onde lá permanecerão aumentando a produtividade do setor agropecuário do país e minimizando o êxodo rural.

 

Programa 4-H Youth Development

 

Na Nova Zelândia, existe também o programa Start-up Package, do banco ANZ New Zealand, que no ano de 2012 dobrou o valor de incentivo, fornecendo até NZ$ 120 milhões em empréstimos para ajudar os jovens produtores rurais a dar seu primeiro passo na agricultura e progredir em busca de ser proprietário de sua terra. O banco disse que a Nova Zelândia tem uma “geração perdida” de jovens agricultores que não conseguem levantar capital para dar seu primeiro passo na carreira de produtor rural, e criou esse fundo, incialmente era de NZ$ 60 milhões, para ajudá-los. O gerente do setor agrícola do ANZ, Graham Turley, disse que a resposta a essa iniciativa tem sido excelente, com cerca de 100 novos produtores devendo obter os pacotes de incentivo no início do ano produtivo. O programa promove também workshops para as pessoas que pensam em iniciar uma carreira no setor agrícola, fornecendo suporte técnico.

A Argentina conta com o programa “Jóvenes Emprendedores Rurales” (http://www.jovenesrurales.gob.ar), que é uma iniciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca do país, que conta com o financiamento do Banco Internacional de Reconstrução e Fomento (BIRF). O programa começou com um projeto piloto em 2006 e desde então vem conquistando novos integrantes. Atualmente, o projeto já possui alcance nacional e centra suas ações no estímulo a jovens rurais, de 18 a 35 anos, para o desenvolvimento de empreendimentos produtivos e de serviços próprios, individuais e associativos.

 

Programa Jóvenes Emprendedores Rurales – Argentina

 

Na UE, todavia, muitos jovens deixaram de encarar a agricultura como uma profissão atrativa, com consequente redução significativa no número de agricultores e produtores no campo e um “envelhecimento” da população rural, uma vez que os jovens estão cada vez mais deixando o campo. Nos anos sessenta, os seis países iniciais da UE tinham seis milhões de agricultores, mas este número reduziu-se, desde então, a menos da metade.

 

Portanto, incentivar os jovens agricultores e assegurar a continuidade entre gerações é um verdadeiro desafio que se coloca ao desenvolvimento rural da UE. Por essa razão, criou-se a Política Agrícola Comum (PAC), renovada neste ano, a qual possui como um de seus objetivos ajudar jovens a iniciar a atividade agrícola com fundos para a compra de terras, máquinas e equipamento. Concede ainda subvenções destinadas a formar e capacitar os produtores já estabelecidos e também os novos agricultores e produtores, de acordo com as últimas técnicas de produção. Em algumas zonas europeias (zonas montanhosas ou com relevo acidentado e zonas remotas) a agricultura é especialmente difícil. Por isso, é importante manter a vitalidade das comunidades que aí vivem. A PAC disponibiliza também fundos destinados a garantir que as comunidades rurais das zonas vulneráveis se mantenham em boas condições econômicas e não desapareçam gradualmente.

No Brasil, o êxodo rural e o envelhecimento da população no campo também estão sendo motivo de preocupação. Muitos produtores estão chegando no momento de pensar na sucessão familiar e não estão tendo para quem passar os negócios, pois os filhos não mais se interessam pela atividade rural. Diante disso e dos projetos citados acima, desenvolvidos em algumas regiões do mundo, o MilkPoint faz uma enquete junto aos leitores para tentar identificar onde no Brasil, projetos semelhantes estão sendo desenvolvidos para que os jovens sejam incentivados a permanecerem no campo. Quais são os projetos existentes no seu Estado/cidade? Como são as políticas de incentivo?

http://www.milkpoint.com.br/cadeia-do-leite/giro-lacteo/o-que-ha-no-brasil-com-relacao-a-politicas-publicas-e-acoes-de-incentivo-aos-jovens-para-permanecerem-no-campo-86222n.aspx

 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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