Nestlé lança Gelato para entrar no mercado de luxo

São Paulo - Inspirada pelos legítimos sorvetes italianos, a Nestlé lança a linha Gelato no Brasil. Com esse produto, a empresa entra no mercado de sorvetes super premium, já pensando em dominar o setor.
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Segundo Rogério Lopes, vice-presidente de sorvetes, a marca busca alcançar as classes A e B. A linha Gelato foi desenvolvida no Brasil e o pote de 455mL sairá por R$ 23,90 em pontos de venda selecionados, inicialmente apenas em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Com os sabores caramelo salato, cioccolato nero, limoncello e vaniglia, a companhia segue a onda gourmet que já atingiu outros mercados.

Em entrevista à EXAME.com, Lopes falou sobre as estratégias e os detalhes do produto premium.

EXAME.com – Por que decidiram investir em sorvetes premium? Qual o objetivo da Nestlé?

Rogério Lopes – Da mesma forma que, alguns anos atrás, a Nespresso conseguiu reproduz o expresso, que só era tirado por um barista em bom restaurante, também foi nossa ambição nossa reproduzir a textura de um gelatto em casa.

Outro ponto é o nosso posicionamento. As classes A e B consomem 18% mais sorvete que a média da categoria. Além disso, o segmento super premium cresceu 17% no ano passado.

Em terceiro lugar, está a questão de sofisticação do consumidor brasileiro. Isso aconteceu em outros mercados, o consumidor está mais exigente.

EXAME.com – Como foi o desenvolvimento do produto?

Rogério Lopes – Para o lançamento da linha no Brasil, levamos dois anos. Fomos apoiados pelas pesquisas feitas nos nossos centros na Suíça, França e Estados Unidos.

Investimos mais de 10 milhões de reais e trouxemos a tecnologia desses países.

EXAME.com – Esse produto compete com outros da Nestlé?

Rogério Lopes – Não há nenhum produto que seja similar. O gelatto vem ocupar um espaço muito diferenciado, diferente de sorvete.

Por causa do processo de produção específico, os cristais de sorvete também são menores, o que garante uma textura inconfundível. Ele tem uma cremosidade e untuosidade maior.

Você precisa abrir e esperar 10 minutos para que o produto possa reconstituir sua forma e cremosidade.

O formato é de 455ml, um pote diferente para um momento de consumo também diferente. A linha regular, e 1,5L, é mais compartilhada, consumida em família. O gelato de 455mL é para um consumo muito mais personalizado. Cada um pode escolher o seu sabor.

EXAME.com – A Nestlé vai entrar em um mercado, que já sofre concorrência das diversas gelaterias abertas nos últimos anos. Como irá lidar com os concorrentes?

Rogério Lopes – Não vemos as gelaterias como concorrência. Hoje, para tomar um bom gelatto, você precisa estar perto de boas gelaterias. Além disso, o consumo só pode ser feito no local.

Outra opção para tomar um gelatto é pegar avião e ir para a Itália.

Com a nova linha, oferecemos a possibilidade de comprar, trazer o produto para casa, para aquele jantar especial ou um filme.

EXAME.com – Os pontos de venda serão os mesmos das linhas tradicionais de sorvetes?

Rogério Lopes – Não, vamos vender em locais selecionados. Até a geladeira será diferenciada, toda preta, com adornos que lembram a arte italiana e uma sofisticação bem característica do produto super premium.

Até a distribuição será separada, feita por um caminhão específico, bem menor e bem mais ágil. Teremos também atendimento e vendedores diferenciados para a linha.

EXAME.com – E os ingredientes, também serão diferentes?

Rogério Lopes – Sim, as proporções, tecnologia e ingredientes são distintos. Optamos por usar creme de leite fresco. Ele tem uma complexidade de abastecimento bastante alta, mas é diferencial.

Também buscamos ingredientes muito autênticos, na busca por sabores específicos.

Como, por exemplo, no caramello salato. É uma fina combinação do dulçor do caramelo e sal marinho. Também usamos favas de baunilha de Madagascar, suco de limão siciliano e outros ingredientes diferenciados.

EXAME.com – Por fim, qual será o preço?

Rogério Lopes – Na loja, será R$ 23,90 por 455mL.

http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/nestle-lanca-gelato-para-entrar-no-mercado-de-luxo

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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