#Meio rural comemora alta no leite

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Famí­lia Bartz aproveitou valorização do produto para investir em tecnologia no interior do municí­pio

Os produtores de leite gaúchos estão otimistas com a melhor valorização do produto. O incremento começou em janeiro, com diferenças ainda mais efetivas a partir de março. Pelo preço-padrão do Conselho Estadual do Leite (Conseleite/RS), ao longo do primeiro semestre do ano houve um aumento de 20,05%. De julho do ano passado até julho deste ano, a variação é de 36%. Segundo o assessor de polí­tica agrí­cola da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Airton José Hochscheid, no iní­cio do ano as famí­lias gaúchas recebiam, em média, R$ 0,65 por litro. Atualmente os í­ndices apontam R$ 0,88.
A expectativa é de que o preço se estabilize a partir de agora, uma vez que o aumento da produção no Estado começa em agosto. “Historicamente os meses de agosto, setembro e outubro são os de maior produção e captação do produto no Rio Grande do Sul”, explica. No entanto, o especialista reforça que o frio intenso da última semana ocasionou prejuí­zos no desenvolvimento das pastagens e poderá atrasar o tradicional incremento. Embora o cenário no setor seja positivo, Hochscheid ressalta que os custos da atividade também foram inflacionados e travam a melhor rentabilidade no campo.
A crise do leite adulterado não é o principal motivo do aumento dos preços nos últimos meses, mas a descoberta da fraude e a retirada do produto do mercado contribuí­ram para uma menor oferta. Segundo o assessor da Fetag/RS, a elevação das cotações internacionais do leite em pó, o aumento da cotação do dólar e o aumento no consumo do produto no Brasil são indicativos de que a atividade continuará sendo uma boa alternativa nas propriedades rurais, especialmente de base familiar. “O parque industrial do Estado está ocioso em aproximadamente 40%, o que significa que temos espaço para aumentar a produção e atender a indústria já instalada”, comenta.
Na propriedade da famí­lia Bartz, em Quarta Linha Nova Alta, interior de Santa Cruz do Sul, a alta no preço do leite é comemorada. Embora as despesas com insumos como farelo de soja e sementes para as pastagens também tenham sofrido aumento, a margem de lucro permite novos investimentos. Em 2013, o casal Lourene e Harry e as filhas Cristiane e Josiane Bartz compraram mais duas vacas holandesas para o plantel e um motor mais potente para a ordenhadeira. Com foco na qualidade do leite, os investidores também adquiriram um sistema de água quente para lavar os equipamentos utilizados no manejo. “O leite é um excelente negócio para a propriedade familiar”, comenta a matriarca, que se dedica í  atividade há mais de 30 anos.

Saiba mais

A união familiar garante o sucesso da produção agrí­cola na propriedade dos Bartz, a aproximadamente 20 quilí´metros do Centro de Santa Cruz do Sul. Enquanto a agricultora Lourene e as filhas Cristiane e Josiane cuidam do manejo do rebanho, o esposo Harry se dedica í s pastagens e í s lavouras de milho e tabaco. Em Quarta Linha Nova Alta, as jovens garantem a sucessão rural e, ao lado dos pais, projetam o futuro dos negócios. O objetivo é aumentar a produtividade das vacas holandesas, que hoje chega a 12 mil litros por míªs em épocas de pico. Em 2013, a lucratividade por litro aumentou mais de R$ 0,10. Hoje a famí­lia vende o leite a R$ 0,89 o litro.

http://www.gaz.com.br/gazetadosul/noticia/417842-meio_rural_comemora_alta_no_leite.html

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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