Representantes dos Sindicatos que formam o Núcleo dos Sindicatos de Produtores Rurais do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba estiveram reunidos, na tarde de ontem (3), na sede do Sindicato dos Produtores Rurais de Uberaba. Segundo o presidente do Núcleo, Weber Bernardes de Andrade, essa reunião, que é itinerante, foi a primeira realizada em 2015 e a crise hídrica esteve na pauta.
“Hoje, especificamente, estamos discutindo a crise hídrica, a questão da seca e das perdas no agronegócio, em especial, na agricultura. Sentimos uma perda maior nessa área, haja vista que os investimentos, os recursos ali depositados são maiores. Nós já temos alguns levantamentos, superficiais, e essas perdas chegam a, aproximadamente, 25% na agricultura e 10% na produção de leite. A pecuária, na pastagem por si só, a perda chega a 25%. As culturas mais afetadas são a soja e o milho, que são as mais plantadas aqui na região do Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba. Entretanto, a pastagem também está ao lado, pois está representando 25% de perda, mais ou menos igual à agricultura”, comentou.
O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Uberaba, Romeu Borges de Araújo Júnior, enalteceu o comprometimento dos Sindicatos com o Núcleo. “A importância do Núcleo dos Sindicatos é para fortalecer a região e pegar problemas pontuais, regionais, e levá-los a nível estadual e federal. O primeiro ponto positivo é estarmos reunidos com mais de 20 sindicatos. A estiagem é séria e está afetando uma região toda. É importante esse encontro e essa união de forças, para levarmos o que realmente está acontecendo para o Governo do Estado e Federal, para que eles tomem medidas”, ressaltou.
Sobre a situação de Uberaba, Romeu defende a criação de um Comitê de Crise. “Nós já entregamos o relatório para o prefeito na semana passada, feito com o Sindicato Rural, Emater e a Secretaria de Agricultura, apresentando que as perdas estão entre 30% e 35%. Alguns produtores têm perdas de até 100%. É importante essa mobilização, atitude da prefeitura, que é sensível a isso, e precisamos criar um comitê de crise para enfrentar esse problema. Tanto na capacitação do rio Uberaba, quanto na do rio Claro, temos muitos irrigantes. Precisamos construir um trabalho antecipado de mobilização dos produtores rurais, junto com o poder público, através do Codau, para que não falte água nas nossas casas na cidade, mas que também não dê prejuízo aos irrigantes”, concluiu.
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