Leite: preço está bom, mas crise pode atingir setor nos próximos meses

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Se o governo não tomar medidas contra o excesso de importação de leite e derivados dos paí­ses vizinhos, a crise atingirá a cadeia produtiva do setor nos próximos meses.  A avaliação é do representante do Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite (Conseleite) Irineu Bornholdt, que presidiu a reunião mensal da entidade realizada na última quinta-feira (19) em Chapecó. Participaram do encontro proprietários de indústrias e produtores para definir os preços de referíªncia do leite e derivados.
Os dados oficiais para conclusão dos valores finais dos produtos foram apresentados pelos pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), através de convíªnio assinado entre a instituição, a Faesc e o Sindicato das indústrias de laticí­nios e produtos derivados de Santa Catarina (Sindileite). Mensalmente, é realizada visita í s indústrias do Estado para avaliar 14 derivados e, assim, chegar a um valor de referíªncia bom para as empresas e para o produtor.
A professora Ví¢nia Guimarães assinalou que os resultados mostraram um ní­vel de estoque de leite maior nas indústrias no míªs de abril comparado ao mesmo perí­odo em anos anteriores.
De acordo com os vice-presidentes regionais da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), Adelar Zimmer e Américo do Nascimento, o preço do leite nos últimos meses estabilizou na faixa dos R$ 0,80, com viés de alta. O valor pago ao produtor é considerado bom para os dirigentes, no entanto, a valorização do real, o alto custo dos insumos, a falta de estrutura logí­stica e o grande volume de importação de produtos lácteos vindos, principalmente, da Argentina e Uruguai pode alavancar uma crise e a derrubada dos valores nos próximos meses.
A safra inicia em maio e, por isso, os indicadores automaticamente sofrem alterações. «Considerando que o Brasil aumentou 50% a compra dos produtos lácteos de 2011 para 2012, o excesso de leite causará grandes transtornos ao mercado catarinense, especialmente aos produtores, que perderão por não terem como competir com os preços baixos dos paí­ses vizinhos», avaliou Zimmer.
Hoje, a importação sobrepõe a preocupação do setor com relação í  estiagem e o alto valor do milho pago pelos produtores. «No oeste, a situação se agrava ainda mais, pois a região é a maior bacia produtora, responsável por 65% do leite recolhido», complementa o dirigente.
«O Conseleite continuará cobrando atitudes do governo, para que os produtores e as indústrias catarinenses não sejam penalizadas com o grande volume de produtos que entram no Brasil», finalizou o representante do Conseleite, Irineu Bornholdt.

MB Comunicação Empresarial/Organizacional

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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