#Leite: Pesquisa e extensão rural devem caminhar juntas

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Há dois anos, o pecuarista de leite Osmar Pereira ,de Potirendaba (SP), não imaginava que pudesse em tão pouco tempo tornar seu pequeno pedaço de terra, de 6 hectares, em uma propriedade lucrativa.Com apoio da extensão rural gratuita, em menos de um ano já conseguiu atingir uma produção de 340 litros de leite/ dia com 21 vacas em lactação.“Achava que no meu sítio, de apenas 6 hectares, não seria possível produzir leite, pois não tenho como fazer silagem de milho.

 

 

 

”Foi então que ele conheceu o projeto Balde Cheio, desenvolvido pela Embrapa Pecuária Sudeste emparceria com as empresas de extensão estaduais.Em São Paulo, a parceria é coma Coordenador ia de Assistência Técnica Integral (Cati), da Secretaria de Agricultura. O projeto tem como objetivo a transferência de tecnologia parao desenvolvimento da pecuária leiteira, tornando pequenas propriedades sustentáveis e rentáveis. Com a orientação de um extensionista, o produtor começou ,há menos deum ano, sua criação de gado de leite em sistema de produção com piquetes rotacionados.“Tudo o que fiz foi orientado pelo extensionista”, diz. “Ele ensinou o que plantar e quantos animais colocar. Essa orientação é essencial. A gente ouvir dizer como se faz é uma coisa, mas fazer é completamente diferente.

 

Exemplo

 

O sítio de Potirendaba é um exemplo clássico de como a pesquisa pública pode ser aplicada na prática e comsucesso para milhares de produtores de leite do País com a ajuda da extensão rural. Mas, embora este seja um bom exemplo, ainda falta caminhar bastante para que os segmentos de pesquisa e extensão rural sealiem efetivamente no País, segundo especialistas. Principalmente em relação a setores da agricultura ed a pecuária que não estejam no foco das grandes multinacionais.“Há um alto nível de concentra ção de conhecimento em um número reduzido de pesquisadores”, diz o presidente executivo da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec), Ivo Carraro.

 

Lei de cultivares

 

Carraro lembra que, na década de 1990, quando o Brasil abriumercadopara a produçãode transgênicos, regulamentou a Lei de Patentes e instituiu a Lei de Proteção de Cultivares, tornou-sema is atrativo para investimentos estrangeiros, que acabaramocupando grande parte does paço das empresas nacionais de pesquisa.“Se, por um lado, isso trouxe grande avanço em alguns setores, por outro deixou outros dependentes apenas das instituições oficiais de pesquisa, que não dão conta detodo ouniverso agrícola”, comenta.

 

“A pesquisa acaba sempre ficando aquém das necessidades de mercado”, concorda o presidente da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Ágide Meneguette.“Na soja e no milho, por exemplo, que interessam às multinacionais, as pesquisas são bastante avançadas”,diz Meneguette. Já em relação ao trigo cereal do qual o Brasil é deficitário, dependendo de importações para atender à demanda nacional –, ele ressalta que as pesquisas deveriam avança mais.

 

E, quando os resultados das pesquisas efetivamente conseguem chegarà práticado campo, o produtor rural sótema ganhar. Documento elaborado pela Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer) ressalta, com base em trabalho do doutor em economia Mauro Eduardo Del Grossi,da Universidade de Brasília (UnB), que a produtividade dos agricultores que recebem assistência técnica e extensão rural é até quatro vezes superior à daqueles que não recebem .Deacordocomo presidente da Asbraer, José Ricardo Ramos Roseno, “estudo da Embrapa mostra que 68%do crescimento anual da produção brasileira de grão s podes er atribuída à adoção de tecnologia, o que evidencia a importância de reforçar a relação entre pesquisa e extensão rural no País”.

 

Fonte: Welliton Moraes e Niza Souza, O Estado de S. Paulo

 

 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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