# Leite para alérgico custa R$ 580

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Com um filho de quatro meses e processos de diagnósticos ainda muito imprecisos e pouco desenvolvidos, a professora Janaí­na Capobianco recebeu a notí­cia de que seu primogíªnito sofria de alergia í  proteí­na do leite de vaca (APLV). “A recomendação da médica foi pra continuar com a amamentação, mas eu não poderia mais ingerir nenhum produto que contivesse a proteí­na alergíªnica”. Para complementar a alimentação do filho, a pediatra sugeriu o Neocate, leite a base de aminoácidos e totalmente isento da proteí­na responsável pela APLV.

Apesar de ter seguido í  risca as recomendações da médica, a professora não notou melhora significativa em seu bebíª. Ela conta que só depois de ter cortado completamente a amamentação e continuar a alimentação do filho exclusivamente com Neocate, que os sintomas e o mal-estar da criança desapareceram.

Com o tempo, conforme seu primogíªnito crescia e ficava com o sistema imunológico mais maduro, a resistíªncia aos sintomas causados pela APLV aumentou.

A resposta para casos como o da professora Capobianco parecem muito simples: substituir ou complementar a alimentação da criança com o leite hipoalergíªnico. No entanto, a solução não é tão fácil assim. Uma lata de 400 gramas, que dura, dependendo da idade do bebíª, até tríªs dias, chega a custar R$ 580.

Para as mães que não tíªm condições financeiras para arcar com o alto custo do Neocate, há a possibilidade de se entrar com uma ação judicial e consegui-lo totalmente financiado pelo Estado. Outra alternativa é entrar no site do Neocate e participar do programa Sabor de Viver, onde uma parcela do preço do leite é pago pela empresa que o fornece. Contudo, esse programa ainda não está disponí­vel em todos os municí­pios, sendo Cuiabá um dos que estão fora da lista de atendimento.

A reportagem do Diário ligou em diversas farmácias e drogarias da capital atrás do Neocate. Nenhuma delas tinha o produto í  venda.

De acordo com artigo do Instituto da criança “Prof. Pedro de Alcí¢ntara” do Hospital das Clí­nicas da USP, da autoria de Yu Kar Ling e Dorina Barbieri, a alergia alimentar se deve a sensibilização de um indiví­duo a uma ou mais proteí­nas alimentares. No caso da APLV, a proteí­na responsável por 66% a 82% dos casos é a beta-lactoglobulina.

Este tipo de alergia atinge mais intensamente recém-nascidos e jovens lactantes, pois a permeabilidade intestinal de crianças nesta faixa etária ainda é grande e elas não atingiram a maturidade imunológica, ficando assim mais suscetí­veis í s manifestações clí­nicas causadas pela proteí­na em questão.

No entanto, apesar de estar presente no leite de vaca e ser responsável pela grande maioria dos casos de APLV, a beta-lactoglobulina não é encontrada no leite materno. Por isso a amamentação de bebíªs com quadros alérgicos a este tipo de proteí­na é de extrema importí¢ncia, porque além de possuir os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento da criança, possui também os anti-corpos que são responsáveis pela maturação imunológica, fazendo com que a resistíªncia aos sintomas aumente com o tempo.

Mesmo ausente do leite materno, a mãe que está amamentando uma criança que sofre de APLV não deve ingerir alimentos que possuam a proteí­na alergíªnica, pois, de acordo com estudos, a proteí­na é transferida para o leite materno, chegando até o bebíª, que volta a desenvolver os sintomas.

A criança com APLV pode desenvolver diferentes quadros clí­nicos, dependendo da gravidade da alergia. Na maioria dos casos, os sintomas que se manifestam são gastrointestinais, onde o paciente sofre de dores abdominais, azia, gases, diarréia, entre outros.
http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=414200

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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