#Leite: Padrão longa vida made in Treze Tílias

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A maior marca de leite longa vida do Brasil é a Tirol, da austríaca cidade de Treze Tílias, no Meio-Oeste de SC. A liderança foi conquistada com produtos de qualidade durante quase quatro décadas. Fundada por 32 sócios, hoje é controlada pelas famílias Rofner e Dresch, com o mesmo percentual de capital. A sintonia no comando é tanta que Adalberto Rofner (E), diretor industrial e Tarso Dresch, diretor comercial (D) fizeram questão de responder a esta entrevista em conjunto, por e-mail.

Como foi o início das atividades da Laticínios Tirol?

O contrato social que deu início à empresa foi assinado pelos 32 sócios fundadores no dia 26 de setembro de 1974. Atualmente, além das famílias Dresch e Rofner, que controlam a empresa, as famílias Auer, Gschwendtner e Scholl também fazem parte do quadro societário.Nos primeiros dias de atividade, a Tirol captava, em média, 80 litros de leite por dia. Já no primeiro mês aumentou para 200 litros fornecidos por cerca de 150 produtores. No início, o mix de produtos era limitado a leite pasteurizado, queijo, manteiga e creme de leite (nata).

A Tirol é a marca de leite mais vendida hoje no Brasil. Como chegou lá?

Segundo dados do Instituto Kantar WorldPanel, atualmente, a Tirol é a marca de leite mais vendida no país. Essa conquista é resultado do comprometimento que a empresa tem com a qualidade dos produtos que chegam à mesa dos consumidores e também com o desenvolvimento das regiões onde a marca está inserida. Nosso trabalho de qualidade e segurança alimentar inicia no campo com um trabalho muito forte da equipe de fomento onde mais de 100 colaboradores atuam diretamente nas propriedades rurais propondo novas alternativas de manejo e técnicas para melhorar a produção. Hoje, mais de 8 mil produtores de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás fornecem à empresa. Processamos diariamente cerca de 2 milhões de litros de leite.

Quantas são as unidades fabris?

Temos unidades produtivas em Treze Tílias e Chapecó em Santa Catarina; e plantas terceirizadas no Paraná e Goiás. Juntas, elas empregam mais de 1,2 mil colaboradores.

A Tirol informou que vai investir em nova fábrica. Como está esse projeto?

Estamos em fase de estudos de viabilidade operacional, estrutural e logística a fim de ampliarmos nossa área de atuação. Já temos um orçamento definido para uma nova unidade, o que nos resta é a definição do local.

O que impacta mais o setor?

A indústria láctea possui variações significativas de acordo com o posicionamento da economia e conforme as variações climáticas. Em média, alcaçamos um índice de crescimento de 10% ao ano. Esses números, nos últimos cinco anos, permitiram expansão significativa à Tirol, conquistando novos mercados com o aumento da rede de distribuição e representação. Para 2014, a expectativa é mantermos esse ritmo de crescimento.

A companhia diversificou e conta, hoje, com uma linha de lácteos ampla. Quantos produtos tem e quais os maiores desafios nessa diversificação?

A empresa fabrica mais de 200 diferentes produtos, entre eles leites, iogurtes, requeijões, queijos, manteigas, requeijões, bebidas lácteas, sobremesas, cremes de leite e leite condensado. Entre os desafios assumidos está o de sempre proporcionar os melhores produtos atendendo as mais variadas segmentações de mercado.

Como investe em pesquisa, desenvolvimento e inovação?

A Tirol tem equipes internas qualificadas que promovem toda a pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, política de expansão e qualidade por meio de análises laboratoriais em todo o processo, desde a coleta da matéria prima até a destinação do produto industrializado para o consumidor. Além disso, temos parcerias com instituições e consultorias que complementam esse trabalho. Todas as provas dos novos produtos são analisadas pelo Sistema de Inspeção Federal (SIF) instalado dentro de nossa unidade produtiva localizada em Linha Caçador, em Treze Tílias, que regulamenta e analisa se os produtos estão de acordo com as normativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Quais fatores conjunturais mais dificultam a atuação da empresa no Brasil?

A quantidade de impostos, a falta de infraestrutura de estradas vicinais, de rodovias, e o êxodo rural em especial são as principais interferências ao crescimento do mercado de lácteos no Estado e no país. É urgente a necessidade de promover investimentos significativos nos acessos às propriedades, na distribuição de energia elétrica, na infraestrutura de transporte e no incentivo ao desenvolvimento tecnológico de um modo geral.

Pequenas propriedades
Um dos pontos altos da Tirol é que tem como fornecedores pequenas propriedades rurais que atuam com assessoria técnica da própria empresa. Líder na comercialização de leite no país, é a maior companhia do setor com capital nacional. O empenho pela produtividade e qualidade vem desde o início. A Tirol ajudou os produtores na compra de genética de bovinos de leite da Áustria, Uruguai e do Rio Grande do Sul.

Gestão familiar
A segunda geração de imigrantes austríacos está à frente da companhia. Tarso Dresch, 52 anos, é graduado em Gestão Empresarial, e Adalberto Rofner, 34 anos, em Direito. Como é uma empresa de capital fechado, eles preferem não revelar determinados números. Mas a força daTirol na bucólica Treze Tílias é grande. Prova disso é a série de caminhões-tanque carregados de leite que circulam lentamente nas rodovias da região. O mesmo acontece em outras regiões do Brasil.

http://wp.clicrbs.com.br/estelabenetti/2014/07/14/padrao-longa-vida-made-in-treze-tilias/?topo=67,2,18,,,77

 

 

 

 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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