#Leite : Mudança no mercado é necessária

O presidente da Tecleite, Acácio Brito, detalhou que a recuperação da pecuária leiteira do Rio Grande do Norte tem que ocorrer em paralelo a uma mudança no comportamento do consumidor local de leite e derivados.
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O presidente da Tecleite, Acácio Brito, detalhou que a recuperação da pecuária leiteira do Rio Grande do Norte tem que ocorrer em paralelo a uma mudança no comportamento do consumidor local de leite e derivados. Isto porque, o objetivo da proposta é substituir, gradativamente, o consumo de produtos deste segmento que são comprados em outros estados por aqueles aqui produzidos. “O mercado interno será a força motriz. É preciso uma mudança de foco, principalmente, na indústria de laticínios”, destacou.
alex regisOrdenha mecânica, em fazenda no Rio Grande do Norte: Faern aponta necessidade de atração de indústria para absorver produçãoOrdenha mecânica, em fazenda no Rio Grande do Norte: Faern aponta necessidade de atração de indústria para absorver produção

Hoje, conforme avaliação de Acácio Brito, o mercado é adverso tanto para produtores quanto para os usineiros. “O Projeto, caso implementado, contribuirá para a formação de um ambiente diferente e mais saudável na cadeia produtiva. O mercado institucional (Governo do Estado) está estagnado”, assegurou. Mesmo com a difícil possibilidade de mudança na cultura de consumo de leite e derivados localmente, o presidente da Tecleite acredita nas mudanças e na retomada do crescimento do setor da pecuária leiteira. “O estado tem capacidade de aumentar a produção e há espaço para uma relação saudável entre produtor e indústria”.

A argumentação de Acácio Brito se fundamenta nas dificuldades enfrentadas pela Tecleite na coleta de dados relacionados ao setor leiteiro no estado. Os números apresentados pelo Sindleite e Sindicato dos Produtores de Leite, Carne e Derivados (Sinproleite/RN) divergem em diversos pontos e uma pesquisa prevista para ser divulgada em 2013 pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (MDS) com dados atualizados do setor, não foi viabilizada. A assessoria de imprensa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza informou que não há data para a publicação de um novo estudo.

Informalidade
Um dos fatores que mais contribuem para a incongruência nos dados sobre produção local é a quantidade de produtores informais espalhados pelo estado. “Tem muito leite informal no Rio Grande do Norte, leite que não é fiscalizado e não entra nas estatísticas”, acrescentou Dalto Cunha, presidente do Sindleite/RN. Enquanto ele afirmou que há uma “grande oferta de leite no RN”, com produção atual na ordem dos 600 mil litros/dia,  o presidente do Sinproleite, Marcelo Passos, garantiu que a produção diminuiu nos últimos anos.

“Os dados são muito pobres sobre a produção. Mas, ela diminuiu, na realidade. Caiu pela metade. A produção atual não ultrapassa os 400 mil litros/dia”,  garantiu Marcelo Passos. Enaltecendo a regularização dos pagamentos pela Emater, que assumiu a responsabilidade do Programa do Leite em 2010, Marcelo Passos criticou o órgão questionando se todo o leite consumido no Programa do Leite é, de fato, comprado aos produtores potiguares. A Emater, através da Coordenadoria do Programa Estadual do Leite, reiterou que sim.

Dentre os gargalos que  sufocam o setor, o maior deles, segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern), José Vieira, é a ampliação da oferta do leite sem um potencial mercado consumidor. “Precisamos trazer uma indústria de porte médio para absorver a produção. Não adianta trabalharmos genética, aumentarmos produtividade e não ter a quem vender. Os produtores não podem ficar dependentes somente do Governo do Estado”, afirmou.

http://tribunadonorte.com.br/noticia/mudana-a-no-mercado-a-necessa-ria/300894

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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