#Leite: Maior seca em 84 anos afeta 80% da produção de milho em Promissão

Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

O pecuarista Paulo Celso de Andrade vendia diariamente para o laticínio, 130 litros de leite

Prefeito decretou situação de emergência por causa da falta de chuva.

Prejuízos devem atingir R$ 30 milhões, metade do orçamento da cidade.

 

Alguns produtores de milho chegaram a colher 360 sacas do grão por hectare em abril de 2013, em Promissão (SP). Já neste ano, 80% da principal cultura do município não poderão ser aproveitadas devido à falta de chuva. Segundo a Secretaria da Agricultura da cidade, é a pior seca dos últimos 84 anos. A estimativa é de que os prejuízos no campo cheguem a R$ 30 milhões até o final do ano, quase a metade do orçamento da cidade. O prefeito decretou situação de emergência.

 

A estiagem já dura quase quatro meses e afeta 1.250 áreas produtoras de milho, verduras e legumes, cana de açúcar, além da pecuária. “A gente espera sensibilizar tanto o Ministério da Agricultura, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a Secretaria da Agricultura do Estado, a gente espera despertá-los pra que a gente possa conseguir algum tipo de auxílio, de ajuda, pra amenizar essa perda grande dos agricultores”, informou o prefeito de Promissão, Hamilton Foz.

 

O produtor rural José Rodrigues está preocupado com os prejuízos. “Vai dar 100%. Perda total”, afirmou. Na propriedade dele, a plantação de milho foi perdida por causa da estiagem. Sem chuva, as folhas secaram e as espigas estão praticamente sem grãos às vésperas da colheita. “Agora não tem colheita nenhuma. O problema é a dívida. O tempo que vou pagar e não tenho dinheiro agora”.

 

 

Em algumas áreas, o milharal desenvolveu pouco e atraiu larvas e pragas. Os pés que costumavam atingir dois metros de altura nesta época ficaram pela metade. “A época que precisa mais chover não choveu. Nos últimos trintas dias não caiu nenhuma gota de chuva. Perdeu mesmo. Não tem jeito mais. Chegou a uma situação que irreversível”, disse o produtor rural, Denício Gomes dos Santos.

 

O pecuarista Paulo Celso de Andrade vendia diariamente para o laticínio, 130 litros de leite. Mas a produção caiu 25% nos últimos dois meses. Com a pastagem seca, falta alimento para o gado. “Preocupa na seca, que é a silagem que a gente faz todo ano. E nesse ano não vai ter qualidade nenhuma para sustentar o gado na seca”, afirmou.

 

Produtores e agricultores temem não conseguir pagar as dívidas com bancos e empresas fornecedoras de insumos e sementes. Para tentar reverter a situação, cerca de 140 trabalhadores rurais participaram de uma reunião com o prefeito, vereadores, empresários, comerciantes e com o presidente de uma cooperativa de leite do município.

 

“A gente trabalha com leite, mas a compramos milho e soja para fazer a ração. São 240 sócios e estamos passando por um momento muito difícil. Porque com essa perda, a gente comprava o milho a R$ 26 o saca e já foi para R$ 32. O gado vai acabar passando fome porque não tem pasto”, admitiu o presidente da cooperativa.

 

 

Durante duas horas, várias propostas foram apresentadas e deverão ser levadas ao Ministério da Casa Civil e à Secretária da Agricultura do Estado de São Paulo.

 

“Para o pequeno produtor, uma liberação de um crédito emergencial. Na questão do milho, seria a questão do rebate e prorrogação dos créditos e também um crédito especial para o arrendatário poder pagar a renda da fazenda. E depois a gente teria com o governo do estado talvez conseguir a questão das sementes de feijão vindo a chuva. E a questão dos pequenos projetos de irrigação”, afirmou o secretário municipal de Agricultura, Cláudio Dadazio.

 

 

http://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2014/02/maior-seca-em-84-anos-afeta-80-da-producao-de-milho-em-promissao.html

 

Mirá También

Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

Te puede interesar

Notas
Relacionadas