#Leite: Entidades estão divididas em relação à criação do IGL

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Sindicato das indústrias anuncia saída do Instituto Gaúcho do Leite, alegando discordância sobre pontos do estatuto aprovado no dia 11

Saudado pela cadeia produtiva como um novo marco para o setor lácteo gaúcho, a criação do Instituto Gaúcho do Leite (IGL) já tem uma primeira polêmica. O Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), decidiu por não aderir ao novo órgão por discordar de pontos do estatuto aprovado no dia 11 de fevereiro deste ano.

 

A decisão se deu na manhã de ontem durante reunião dos associados do sindicato. Segundo o presidente do Sindilat, Wilson Zanatta, um dos primeiros pontos de discordância da criação do IGL é a representatividade no número de assentos no conselho do instituto em relação às indústrias. No atual modelo, seriam 21 lugares, sendo sete para as empresas associadas do sindicato, sete para as cooperativas associadas da Organização das Cooperativas do Rio Grande do Sul (Ocergs) e outros sete da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Estado (Apil).

 

Uma das alegações de Zanatta é que as empresas associadas ao Sindilat são responsáveis por 70% da produção de leite do Rio Grande do Sul, sendo que outros 24% são das cooperativas – que também são ligadas ao sindicato – e 6% ficam a cargo das pequenas indústrias. Além disso, reclama também que atribuições dadas ao IGL invadem competências que seriam do sindicato, como negociações políticas. No artigo 5º, por exemplo, diz que a Secretaria da Agricultura celebrará convênio com entidade representativa do setor objetivando promover a coordenação da produção, do desenvolvimento e da competitividade da cadeia produtiva. O Sindilat detém a carta sindical para representar a cadeia láctea. “É uma decisão difícil e polêmica não participar neste momento. O IGL foi idealizado para fomentar a cadeia produtiva do leite”, afirma.

 

Outro ponto destacado pelo dirigente do Sindilat foi o dos repasses para o Fundo Estadual do Leite (Fundoleite), onde 50% do valor será feito pelas indústrias. Para Zanatta, não há necessidade de este valor ir para o fundo e depois retornar novamente para o IGL, pois poderia ir diretamente para o instituto. No entanto, o presidente salienta que não há como mudar esta forma de distribuição do recurso. Zanatta disse que a entidade está aberta a negociações nos próximos dias para modificar pontos do projeto do IGL. Caso não haja acordo, uma das saídas poderá ser entrar com ação judicial para evitar o convênio da Secretaria da Agricultura com o instituto.

 

O presidente da Ocergs, Vergílio Perius, contestou o depoimento de que as indústrias não tiveram seus pleitos atendidos na criação do instituto. O dirigente informou que das 14 emendas apresentadas pelo sindicato, oito foram aprovadas e que de 47 entidades convidadas a participar da proposta, 39 aprovaram o regulamento. “Quando fizemos debates mais concretos sobre a criação do instituto o sindicato das indústrias se omitiu.”

 

Sobre a questão da representatividade, Perius rebateu os dados informados por Zanatta e disse que as cooperativas produzem 50% do leite gaúcho e as pequenas indústrias mais 10%, o que derrubaria a tese de maioria das empresas ligadas ao Sindilat.

 

O secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, lamentou o fato de o Sindilat se retirar do IGL, mas disse que este é um assunto superado e que já foi aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa e pela maioria dos representantes da cadeia láctea. Em relação aos repasses para o Fundoleite, o secretário ressalta que a medida está na legislação e que é necessário o investimento das indústrias.

 

http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=155072

 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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