Leite Compen$ado: novas fraudes no RS

Transportadora do norte do Estado é acusada de adicionar água ao leite cru
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A oitava etapa da Operação Leite Compen$ado foi deflagrada da manhã desta quarta-feira, 13, pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul. Conforme as investigações, 39 laudos elaborados pelos laboratórios da Univates e da Alac apontaram a adição de água dos leites crus refrigerados entregues pela Transportes Odair Ltda. e recebido pela Cooperativa de Pequenos Agropecuaristas de Campinas do Sul (Coopasul). Também foi detectada alteração na densidade do leite (por adição de produtos como sal, açúcar ou amido de milho, por exemplo), acidez elevada (que indica a deterioração por microorganismos) e adição de soro de leite.

Os investigados são um casal proprietário da Transportadora Odair Ltda., três motoristas da empresa, que participavam ativamente da adulteração, um responsável pelo laboratório da Coopasul, bem como o próprio Presidente da Cooperativa, que recebia as cargas de leite adulterado e as dava destinação final, a partir da diluição de leite velho com o leite bom.

Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na sede da Odair Transportes Ltda., em Campinas do Sul, a Operação Leite Compen$ado 8 encontrou um saco de ureia de 50 kg, 270 litros de soda cáustica e, aproximadamente, dois litros de álcool em uma bombona de 20 litros. Os produtos foram localizados em um galpão ao lado da residência de Odair Melati, onde também foi encontrada tubulação de água da chuva e um tanque.

O proprietário da transportadora foi preso preventivamente por fraudar leite com água (e adicionar produtos químicos para mascarar a adulteração). A adição de ureia e de álcool faz com que o ponto de congelamento (crioscopia) seja elevado durante a análise laboratorial e a soda cáustica reduz a acidez do leite que já está em decomposição. Também foram presos três motoristas ligados à empresa: Vilmar Bonfante, Franciel Lazari e Ezequiel Sakrczewski.

Conforme o Mapa, a Coopasul entrega, regularmente, leite para as seguintes indústrias: Cootal (Taquara), Lactalis (antiga LBR, em Fazenda Vila Nova), Lativale (responsável pela marca Tangará, em Estrela), Piracanjuba (Santa Catarina), Tambinho (Erechim) e Frizzo (Planalto). As duas últimas são fiscalizadas pela Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A responsável pela inspeção federal do leite no RS, Milene Cristine Sé, disse que agora será feita a rastreabilidade dos lotes de leite em desconformidade, para que a indústria os retire das prateleiras.

Como resultado de dois anos de apurações nas empresas investigadas pela Leite Compen$ado, a Receita Estadual já contabiliza R$ 19 milhões devidos ao fisco, entre ICMS sonegado e as respectivas multas. Os dados foram divulgados pelo delegado da Receita Estadual em Erechim, Amauri Seco. A Receita Estadual também coletou documentos fiscais nas empresas alvo dos mandados de busca e apreensão desta quarta-feira.
Fonte: MPRS

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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