O gigante norte-americano Coca-Cola lança-se no negócio do leite com a marca Fairlife e pouco depois dos anúncios terem sido publicados, começaram a chover as críticas.
Segundo o Jornal The Telegraph a Coca-Cola optou por retirar a campanha da imprensa depois das “duras” acusações sexistas pelos Consumidores nas Redes Sociais. Copys como “Beba o que ela veste” (“Drink what she’s wearing”), “Melhor leite fica bem em si” (Better Milk Looks Good on you”), entre outros textos nos anúncios acabaram por ter conotação negativa perante o mercado.
Uma vez mais temos exemplos de anúncios, considerados por alguns, de sexistas e com a objectivação do corpo feminino, ao colocarem as mulheres salpicadas com justos e reveladores respingos de leite.
Ao analisar os anúncios chegamos às seguintes conclusões: A campanha tem óbvias conotações sexuais com mulheres bonitas mergulhadas numa substância branca e cremosa. A campanha é, sem dúvida, intrigante, mas será que todos entendem a mensagem? Será que a campanha está direccionada para o target do produto e respeita o posicionamento estratégico do mesmo?
Vamos por passos…
Estratégia do grupo Coca-Cola? Diversificação da gama de produtos e aliar a imagem a produtos saudáveis, para tentar inverter a queda das receitas.
Qual o mercado de venda? Estados Unidos (Mercado Norte-Americano)
Dificuldades na penetração de mercado? Metade dos adultos norte-americanos não consome leite.
Posicionamento? Premium
Características diferenciadoras? Mais 50% de proteínas, menos 30% de açúcar e sem lactose.
Preço? O dobro do preço dos leites tradicionais.
Objectivo final? Vender e dar a ganhar dinheiro à marca (objectivo comum a TODAS as empresas)
Resultados: A campanha do novo FairLife Milk recupera as icónicas raparigas pin-ups muito usadas nos anos 50 e 60 em vários suportes publicitários nos EUA e pelos vistos desactualizada da realidade de hoje:
http://sexonomarketing.com/leite-com-sabor-sexismo/