Kátia Abreu defende metas para melhorar competitividade do leite

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Técnicos do Ministério da Agricultura e entidades do setor produtivo apresentaram terça-feira (12/05) à ministra Kátia Abreu um conjunto de ações e metas para melhorar, no horizonte de quatro anos, a competitividade da cadeia do leite nos cinco maiores Estados produtores: Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Goiás.

Para a ministra, essas metas para o setor de lácteos estão associadas ao esforço da Pasta de ampliar a classe média rural e fortalecer medidas de defesa sanitária.

Entre objetivos desse projeto estão triplicar as exportações brasileiras de leite e ascender para a classe C cerca de 80 mil produtores do segmento que hoje se encontram nas classes D e E. Segundo o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Caio Rocha, a previsão é de que até 2016 esse plano exija R$ 50 milhões de investimentos em assistência técnica, política agrícola e ações de sanidade, como combate à brucelose do leite.

“Queremos passar de 1% para 3% o percentual da nossa produção de leite voltada para as exportações até 2020. Em quatro anos, esperamos também que nos cinco maiores Estados produtores, que produzem 77% do leite no Brasil, haverá aumento de produção de 2,5 bilhões de litros nesse prazo”, disse Rocha.

Parte dessas medidas deve constar do Plano Safra 2015/16, que ainda não tem data oficial para lançamento. A ministra havia anunciado que seu lançamento seria no dia 19 de dezembro, porém deve adiá-o para 3 de junho em função da vinda do primeiro ministro chinês ao Brasil e a uma viagem à Europa que ela mesma fará para participar da reunião anual da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

A ministra Kátia Abreu ainda adiantou que, dentro do Plano Safra, a Pasta vem estudando ampliar dos atuais R$ 10 bilhões para cerca de R$ 15 bilhões o limite de financiamentos pelo Pronamp, programa de crédito rural voltado para o médio produtor, categoria onde estão inseridos grande parte dos produtores de leite.

Ela também informou que está agendado para o dia 19 de junho, em Miami, nos Estados Unidos, um encontro com o empresário Jorge Paulo Lemann, em que fará uma espécie de campanha para que a rede de fast food Burger King compre mais leite e café do Brasil. Lemann é um dos acionistas do grupo empresarial que controla a marca.

Com relação aos custos desse programa direcionado à competitividade do leite, diante do cenário de ajuste fiscal proposto pelo governo federal, Kátia ainda frisou que não faltarão recursos para as ações voltadas ao setor de leite. “Estamos economizando em tudo que podemos, em diárias, custeio, e revendo contratos antigos, para que a gente invista mais em defesa agropecuária e na classe média rural brasileira”, afirmou a ministra.

“E não abrimos mão do seguro agrícola. O que está dificultando é o não pagamento [pelo governo] das parcelas do ano passado que se acumularam para este ano e, de repente, vão virar R$ 1,5 bilhão, e o produtor estará utilizando apenas R$ 700 milhões”, concluiu.

Segundo Kátia Abreu, o “nosso objetivo é ficar quites este ano e não levar dívidas para o ano seguinte porque queremos avançar no aumento do seguro”. “Então a dificuldade está enorme para compatibilizar orçamentariamente, financeiramente o limite de pagamento [para o seguro] num ano de ajuste.”

O governo está devendo R$ 690 milhões dos R$ 700 milhões prometidos para subvencionar o prêmio ao seguro rural no ano passado. A ministra já prometeu diversas vezes que o problema seria solucionado, entretanto, nenhum recurso ainda foi liberado.

Fonte: Jornal Valor Econômico.

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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