Itambé cresce e vai investir R$ 75 milhões

Na contramão da crise, empresa mineira concluiu em 2015 plano de R$ 100 mi e amplia desembolso em modernização
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Na contramão da crise, empresa mineira concluiu em 2015 plano de R$ 100 mi e amplia desembolso em modernização

Contra a corrente de empresas duramente afetadas pela retração do consumo, a Itambé Alimentos S/A, uma das maiores fabricantes da indústria brasileira de laticínios, mantem os planos de investir R$ 75 milhões neste ano e a estratégia de reforço do trabalho de suas equipes para ampliar presença em São Paulo e no Nordeste. O presidente da companhia, Alexandre Almeida, afirmou, em visita à fábrica de Pará de Minas, na Região Central do estado, que, a despeito da crise econômica, o programa de expansão da marca não para.

“Investimos sempre pensando no médio e longo prazos. É o que vamos fazer”, afirmou o executivo, durante a inauguração no parque industrial da Itambé de uma unidade fabril de embalagens da multinacional portuguesa Logoplaste , com recursos de R$ 18,5 milhões compartilhados pelos dois parceiros. O aporte é a parte final dos recursos de R$ 100 milhões que a empresa nascida há 66 anos em Minas vem aplicando na fábrica de Pará de Minas desde 2012. Especializada em refrigerados, a unidade passou a operar em 2015 com capacidade instalada para oferecer 80% a mais em iogurtes nos próximos três anos, mantendo cerca de 1 mil empregados diretos e indiretos.

A nova leva de aportes confirmados para este ano atenderá à necessidades de modernização e aumento de eficiência das fábricas de Guanhães, no Vale do Rio Doce; Uberlândia, no Triângulo Mineiro; e Goiânia. A Itambé opera também em Sete Lagoas, na Região Central. “Continuamos acreditando no potencial de mercado da marca e investindo independentemente da crise”, afirmou Alexandre Almeida. Na área de produtos refrigerados, em que a unidade de Pará de Minas é considerada estratégica, a companhia cresceu 10% no primeiro semestre, deslocando concorrentes, uma vez que o consumo dessa linha de lácteos no país ficou estável no período.

Uma das maiores dificuldades para o setor e que não tem relação direta com a crise brasileira, reconheceu o presidente da Itambé, é o avanço das importações do país de leite em pó. Segunda maior produtora do segmento, a companhia mineira poderia estar produzindo 25% a 30% mais que os atuais volumes, não fosse a concorrência com o alimento importado. De janeiro a junho, as compras do produto estrangeiro mais que dobraram, com aumento de 107%, favorecidas pelos baixos preços internacionais, hoje de US$ 1.850 por tonelada. “Nem a desvalorização cambial conteve as importações no cenário de preços mais baixos (no exterior) dos últimos 10 anos”, afirmou Alexandre Almeida.

Na unidade industrial da Itambé em Pará de Minas, a fábrica de embalagens acompanha a expansão da linha de refrigerados, que também passou por um processo de atualização tecnológica. A parceria firmada com a Logoplaste permitirá uma produção equivalente a 2 mil toneladas por ano de resina plástica na forma de frascos nas versões de 75 a 900 gramas. Fornecedora da Itambé há três anos, a empresa portuguesa turbinou a produção em cerca de 10 vezes no período e emprega, agora, 54 trabalhadores na unidade.

As novas máquinas, informou o diretor da Logoplaste no Brasil, Fábio Salik, são de fabricação nacional e incorporam tecnologia de última geração. O Brasil consiste na principal operação da companhia, que atua em 16 países, mantendo 2 mil empregados, dos quais 450 em solo brasileiro. O fluxo da produção de embalagens na fábrica de Pará de Minas minimiza o contato humano com as garrafas plásticas, que são armazenadas em silos até ser transportadas por meio de dutos à linha de produção de iogurtes. A Itambé transforma, por dia, 3,5 milhões de litros de leite em mais de 130 produtos, entre leite, iogurtes, requeijão e doce de leite.

http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2015/08/13/internas_economia,677839/itambe-cresce-e-vai-investir-r-75-mi.shtml

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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