Indústria diz que crise é a pior em 20 anos

As federações das indústrias dos Estados de São Paulo (Fiesp) e do Rio de Janeiro (Firjan) pediram ontem um pacto pela governabilidade e manutenção da estabilidade institucional do país.
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Sem citar o nome da presidente Dilma Rousseff, as duas entidades empresariais defenderam, em nota, a proposta de «união» feita pelo vice­-presidente Michel Temer (PMDB) e afirmaram que o momento é de «responsabilidade, diálogo e ação». Na véspera, Temer disse que o Brasil precisa de «alguém» que tenha a «capacidade de reunificar a todos» e reconheceu a gravidade da crise política no país.

Segundo o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, as entidades apoiam o «entendimento nacional», a governabilidade e o fortalecimento das instituições. «Não podemos ficar parados olhando os políticos se digladiarem», afirmou o dirigente. «Não podemos continuar com um país sem confiança e sem estabilidade.

Não há doido que vá investir aqui com esse arcabouço. É preciso parar», disse. Na mesma linha, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf (PMDB), afirmou que é preciso haver entendimento para superar a crise. «O Brasil precisa de serenidade, equilíbrio e diálogo», afirmou Skaf. «A situação é bastante grave e já temos muitos problemas. Não podemos mais comprometer empresas, empregos. Precisamos de soluções, de uma agenda positiva paralela a essa crise», disse.

Tanto Vieira quanto Skaf evitaram falar sobre o apoio a um eventual pedido de impeachment da presidente Dilma, articulado pela oposição. Os dois dirigentes procuraram se desvincular dos partidos políticos e do apoio direto a Michel Temer. «Não estamos apoiando A, B ou C», disse o presidente da Firjan. «Apoiamos a ideia de união que ele defende. Não é um apoio a ele», afirmou Skaf, filiado ao PMDB a convite de Temer.

Na nota divulgada, a Firjan e a Fiesp afirmaram que a situação política e econômica do país é a «mais aguda» dos últimos vinte anos e analisaram que é hora de buscar uma solução, deixando «de lado ambições pessoais ou partidárias» para «mirar o interesse maior do Brasil». «É nesse sentido que a indústria brasileira se associa ao apelo de união para que o bom senso, o equilíbrio e o espírito público prevaleçam».

Na nota, Firjan e Fiesp cobraram do governo o corte de despesas da máquina pública e prioridade ao investimento produtivo, sem o aumento de impostos, e afirmaram que o Brasil não pode mais ter «irresponsabilidades fiscais, tributárias ou administrativas». A Firjan e a Fiesp apoiaram também «todas as iniciativas de combate à corrupção» e a punição exemplar dos desvios comprovados.

Fonte: Valor Econômico

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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