Governo federal vai liberar R$ 30 milhões para compra de leite no Sul

O governo federal anunciou nesta terça, dia 11, a liberação de R$ 30 milhões para a compra de leite nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O objetivo é conter a crise por qual passam os produtores do setor.
Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

 

O governo federal anunciou nesta terça, dia 11, a liberação de R$ 30 milhões para a compra de leite nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O objetivo é conter a crise por qual passam os produtores do setor.

O anúncio foi feito em uma reunião com representantes do setor produtivo, do poder legislativo estadual e federal e dos três Ministérios envolvidos na ação: Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Desenvolvimento Social. A ideia é conter parte da crise por qual passam os produtores do Sul do país.

Mais de 10 indústrias fecharam as portas e não pagaram pelo leite entregue. O problema resultou em grandes estoques parados e queda no preço do produto. A medida do governo atende um dos pedidos dos pecuaristas gaúchos, que queriam a compra de quatro mil toneladas de leite em pó estocado.

Do montante anunciado R$ 10 milhões já estão no caixa do governo do Rio Grande do Sul e são destinados para compras de alimentos em geral, podendo priorizar o leite. Os R$ 20 milhões restantes serão divididos para a compra de leite longa vida entre Santa Catarina, e no Rio Grande do Sul exclusivamente para o leite em pó.

De acordo com o secretário de Segurança Alimentar do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Arnoldo de Campos, a compra do leite longa vida foi incluída para atender um número maior de produtores, uma vez que muitas cooperativas da região trabalham com este produto.

– Nós vamos fazer uma combinação para que se atenda o maior número possível de cooperativas. Em termos quantitativos, o dinheiro é suficiente pra comprar mais de quatro mil toneladas – disse Campos.

Para o deputado estadual e presidente licenciado da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Elton Weber (PSB-RS), a medida ajuda provisoriamente o setor, mas não resolve o problema.

– Isso alivia a situação pela qual o estado passa. Certamente também vai fazer com que os preços melhorarem no mercado. Tirando este volume, em torno de três a quatro mil toneladas de leite em pó, também parte em longa vida, haverá menos oferta para o setor atacado como um todo, então isso vai aliviar, certamente, mas não resolve – apontou Weber.

Entre os pedidos do setor está também a proibição da importação de leite no Brasil e a criação de uma linha de crédito voltada exclusivamente para os produtores da região Sul. Essas reivindicações ainda não foram atendidas, mas o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) assegurou que vai combinar com as instituições financeiras uma prorrogação dos pagamentos de empréstimos feitos por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

– A prorrogação dá um alívio momentâneo, porque o produtor não precisa pagar aquela conta, mas não resolve porque pra frente ele vai ficar com essa dívida e no momento, também, ele está com problema de fluxo de caixa. O produtor precisaria, neste momento, uma linha especial também. Nós propomos nessa reunião e o governo ficou de analisar – relatou Weber.

Segundo a senadora Ana Amélia (PP-RS), o Poder Legislativo também está empenhado em colaborar com os produtores. Um projeto de lei de sua autoria, conhecido como Lei dos Integrados, seria uma das soluções. O projeto já foi aprovado no Senado Federal e aguarda votação na Câmara dos Deputados.

– Se essa lei estivesse em vigor, os produtores não estariam sofrendo prejuízo de ter entregue a empresas que faliram ou que fecharam as portas por causa da crise ou por outros problemas como má gestão. Essa lei garantiria a eles o direito de acesso aos créditos antes de outros credores.

Acompanhamento
Por sugestão do presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Seger Menegaz, foi criada uma equipe de monitoramento das ações neste Estado. A força-tarefa do Rio Grande do Sul protocolou no Ministério da Agricultura pedido para agilizar a habilitação de plantas das cooperativas CCGL, Cosuel e Cosulati para vender leite em pó à Rússia. Atualmente, só a indústria de Teutônia da BRFoods pode exportar àquele país.

Fonte: Canal Rural

Mirá También

Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

Te puede interesar

Notas
Relacionadas