#Fundação Banco do Brasil certifica tecnologia de queijo de coalho da Embrapa

Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

 

A certificação, que faz parte do 7º Prêmio Tecnologias Sociais, ocorre nesta sexta-feira, dia 25, às 14 horas na sede do banco em Fortaleza. Em todo o Brasil, 192 experiências foram reconhecidas e certificadas como tecnologia social. Conforme a FBB, tecnologias sociais são produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representam efetivas soluções de transformação social.

 

Tudo começou na Região dos Inhamuns, no sertão central cearense. A região é reconhecida e apreciada por seu queijo de coalho bovino. A falta de um padrão de qualidade na produção do produto, porém, coloca em risco a capacidade de permanência da atividade e a conquista de novos mercados. O projeto de melhoria da produção, processamento e comercialização do queijo coalho artesanal – desenvolvido em parceria com o Banco do Nordeste – teve como objetivo de avaliar os pontos críticos na produção e no processamento do leite bovino, além de implantar rotinas de boas práticas em todo o processo produtivo.

 

Para o desenvolvimento dessas ações foi feito um diagnóstico, um estudo propositivo e a preparação de 40 multiplicadores para o acompanhamento das ações de melhoria dos processos produtivos. A tecnologia consiste na melhoria do processo de produção de queijo de coalho, por meio da realização de cursos de Boas Práticas Agrícolas (BPA), com foco na ordenha higiênica, e de Boas Práticas de Fabricação (BPF), e na melhoria do processo de produção através de práticas higiênicas. Foi ministrado ainda um curso de Plano de Negócios, com foco na melhoria da administração financeira da unidade familiar, e desenvolvidos dois kits, sendo um para uso no curral visando a limpeza das tetas para ordenha e outro para a fabricação de queijo de coalho.

 

A iniciativa foi bem-sucedida e se expandiu para os municípios de Currais Novos (RN) e Luís Correa (PI). Ao todo, mais de 300 produtores rurais participaram das capacitações e receberam os kits de fabricação. Eles passaram a ter acesso a informações sobre melhoria da produção, processamento e comercialização de queijo de coalho. A adoção das medidas tem gerado, em média, um incremento de 30 a 40% no valor obtido com o queijo.

 

Publicação

 

A experiência foi transformada na cartilha: “Produção Artesanal de Queijo Coalho, Ricota e Bebida Láctea em Agricultura Familiar – Noções de Boas Práticas de Fabricação”, Série Documentos nº 150 da Embrapa Agroindústria Tropical. A publicação busca fornecer orientação técnica aos agricultores familiares, na obtenção de um produto padronizado e com qualidade.

 

A cartilha é fruto da parceria entre Embrapa Meio Norte, Universidade Estadual do Ceará, Banco do Nordeste, Emater-PI, Emater-RN, Instituto Federal de Ciência e Tecnologia – Campus Currais Novos (RN) e associações de produtores familiares. A publicação tem como autores João Bosco Cavalcante Araújo, José Carlos Machado Pimentel, Francisco Fábio de Assis Paiva, da Embrapa, e Benemária Araújo (Uece).

 

De acordo com os autores, a produção de queijo coalho artesanal na região Nordeste tem grande importância social e econômica, tanto por ser exercida em sua maior parte por mulheres, como também por ser uma das principais atividades na cadeia produtiva do setor leiteiro, dentro do segmento da agricultura familiar. Em vários locais dessa região, essa atividade apresenta-se como a única possibilidade para os produtores familiares de leite.

 

Conforme os autores, a agroindustrialização dentro do segmento da agricultura familiar deve ter sempre a preocupação para o desenvolvimento e acompanhamento de um roteiro de noções básicas de Boas Práticas de Fabricação.

 

Entre os tópicos abordados na publicação, estão higienização, recepção do leite, processamento, armazenamento, transporte, equipamentos necessários para a produção artesanal de queijo, problemas com o queijo coalho e suas possíveis causas, produção de ricota, bebida láctea, entre outros.

 

O documento está disponível para download, no site da Embrapa Agroindústria Tropical (www.cnpat.embrapa.br) no menu superior direito, em “Publicações”, selecionar a opção “Série Documentos”. A publicação é a de número 150.

 

Sobre o prêmio

 

O Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social acontece a cada dois anos e as inscrições são abertas a instituições legalmente constituídas no Brasil, de direito público ou privado, sem finalidades lucrativas. Desde 2001, por meio do Prêmio, a Fundação BB identificou, premiou e certificou como tecnologia social diversas iniciativas que hoje compõem o Banco de Tecnologias Social, uma base de dados online com mais de 500 tecnologias sociais disponíveis para consulta.

 

A edição deste ano do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social recebeu 1.011 inscrições de iniciativas sociais. Em 2013, o tema educação recebeu o maior número (457), seguido de renda (219), meio ambiente (137) e saúde (75). Entre as 192 certificadas, o Sudeste foi a região que teve o maior número de projetos reconhecidos (74), seguida do Nordeste (38) e do Sul (30). O Norte teve 27 tecnologias sociais certificadas e o Centro-oeste, 23. O Prêmio é realizado em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Petrobras, a KPMG Auditores Independentes, além da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). (Com informações da assessoria da FBB).

 

Fonte:Embrapa Agroindústria Tropical

 

 

 

 

 

 

Mirá También

Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

Te puede interesar

Notas
Relacionadas