Investimentos da companhia no País deverão somar cerca de R$ 500 milhões, informou presidente Ivan Zurita
O faturamento da Nestlé do Brasil deve apresentar crescimento de 7% em 2012, em comparação com o ano passado, quando a empresa teve receita de R$ 20,6 bilhões. «O consumo cresce forte no Brasil e nosso faturamento bruto deve aumentar organicamente este ano», disse o presidente da empresa, Ivan Zurita, durante coletiva nesta terça-feira, em São Paulo.
Ele acrescentou que os investimentos da companhia no Brasil em 2012 estão dentro da média anual, que é de cerca de R$ 500 milhões. Zurita citou que «a cada 3% de crescimento real, a Nestlé precisa construir uma nova fábrica». A companhia de alimentos tem atualmente 31 fábricas no País e a mais recente foi instalada no fim do ano passado, em Tríªs Rios, no Rio de Janeiro.
«Como o consumo vem crescendo forte, nossas fábricas apresentam uma ocupação importante. Ou seja, só para expansão da capacidade, vamos precisar investir R$ 500 milhões», comentou. Segundo ele, a taxa média de ocupação da empresa está acima de 70%. «Estamos com investimentos pesados no Brasil», salientou.
Nestlé e Garoto
O presidente da Nestlé abordou, ainda, a compra da Garoto pela Nestlé, que está em julgamento no Conselho Administrativo de Defesa Econí´mica (Cade), do Ministério da Justiça, há cerca de oito anos. «Estamos na reta final (do julgamento)», avaliou Zurita. De acordo com ele, a Garoto tem apresentado bom desempenho, com crescimento.
«A Garoto vai bem. Já investimos mais do que pagamos por ela», informou. De acordo com ele, a Nestlé pagou na ocasião US$ 220 milhões pela empresa do Espírito Santo. Sobre a Garoto, Zurita disse: «investimos em novos equipamentos, são 1.500 funcionários, é a maior pagadora de impostos do Espírito Santo, está totalmente integrada». Zurita salientou que não tem um plano B, para eventual rejeição do negócio pelo Cade.
«Temos de aguardar. Se for o caso (rejeição), vamos nos sentar e discutir», afirmou. O importante, conforme ele, é que o tempo tem mostrado que o negócio não foi prejudicial: «o mercado mudou para melhor, estimulando novos concorrentes, como Cacau Show, com mais de mil lojas, e a Kopenhagen, que hoje está em todo o País», concluiu.