Falíªncia da Leite Nilza causa prejuí­zo a produtores da região de Ribeirão

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Fornecedores mudam de atividade econí´mica para compensar dí­vidas. Dí­vida de R$ 400 milhões da Nilza afeta produtores e ex-funcionários.

A falíªncia da Indústria de Alimentos Nilza, laticí­nio de Ribeirão Preto (SP) que chegou a ser um dos maiores do paí­s, tem causado prejuí­zo a produtores rurais da região. Por fornecerem leite para a fábrica e não serem pagos, eles tíªm vendido gado leiteiro e aproveitado o pasto para cultivo de culturas como a cana-de-açúcar para equilibrar as contas.

Parte dos R$ 400 milhões em dí­vidas que a indústria acumula afeta cerca de 200 produtores rurais, dentre eles Neide Mani, de Batatais (SP). Segundo ela, a empresa deve R$ 30 mil pelo fornecimento de leite, mas a quantia só deve ser paga depois que o processo de falíªncia, bem como a venda dos bens da Nilza, for concluí­do. «Nem resposta eles deram para nós, nem proposta de pagamento, nada. A gente fica esperando até hoje», disse.

Com o curral parado, funcionários demitidos e diante de um financiamento de R$ 70 mil com máquinas que ainda não terminou de pagar, Neide resolveu utilizar parte de sua propriedade para plantar cana-de-açúcar. «O jeito foi mudar de atividade para poder pagar o banco.»

Dono de um sí­tio em Buritizal (SP), o produtor Luí­s Francis de Menezes calcula que a Nilza há tríªs anos lhe deve R$ 21 mil referentes a tríªs meses de fornecimento de leite. «Isso me faz falta até hoje, porque deixei de adubar os pastos e tratar o gado direito», afirmou.

Mesmo obtendo outro comprador para seu produto em Guaí­ra (SP), ele alega que ainda não se recuperou totalmente após a desativação do laticí­nio. «Minha produção na época era de 350 litros por dia hoje é de 300. Eu tenho esperança ainda que eu possa receber. Isso vai me fazer uma diferença positiva.»

Falíªncia
Pela segunda vez em menos de dois anos, a Justiça decretou a falíªncia da indústria de laticí­nios Nilza. A decisão foi expedida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo no dia 30 de outubro. O TJ entendeu que a empresa não tem mais tempo e meios de se recuperar financeiramente.

Atualmente, a indústria deve o equivalente a R$ 400 milhões. No perí­odo que teve para se recuperar, depois do primeiro decreto, a Nilza não conseguiu negociar dí­vidas nem retomar a produção em suas duas unidades.

Sérgio Alembert, dono da empresa que assumiu a recuperação judicial da Nilza, disse que recorrerá ao Supremo Tribunal de Justiça para anular a falíªncia. Segundo ele, as tríªs fábricas da empresa localizadas em São Paulo e Minas Gerais voltariam a funcionar em novembro. Caso consiga reverter a decisão, Alembert promete preparar um plano de pagamento para os fornecedores de leite.

Demissões
Somando a matriz em Ribeirão Preto e uma filial em Itamonte (MG), desde março de 2009, foram mais de 500 demissões na indústria. Mesmo assim, a dí­vida, que era de R$ 200 milhões, nunca parou de crescer. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Alimentação Osvaldo Crispim lamentou a decisão da Justiça. â€œí‰ uma tristeza, o sindicato tinha uma grande esperança de que voltasse a funcionar para que os trabalhadores pudessem trabalhar”, disse o sindicalista.

A empresa era uma das maiores produtoras de leite longa vida do paí­s. No auge das atividades, chegou a processar 1,2 milhão de litros de leite.

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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