Ambas divulgarão seus resultados no dia 26 de fevereiro e receberam recomendação de compra pelos analistas. O preço-alvo dos papéis da produtora de alimentos com sede no sul tem um preço-alvo de R$ 77, upside de 18,8%. Já a distribuidora de bebidas o valor estimado é de R$ 20 por ação – o que totaliza um potencial de valorização de 14,3% em relação ao fechamento de terça-feira (3).
A equipe de análise espera outro trimestre robusto da BRF. Segundo a corretora, as margens de exportação alcançarão novos recordes e as margens domésticas permanecerão saudáveis, com volumes aumentando em base sequencial. A projeção de crescimento da receita consolidada da companhia é de 7% na comparação com o mesmo período no ano anterior e, além disso, os analistas esperam um item não recorrente relacionado à transferência de ativos da BRF para a Minerva que deve gerar um ganho positivo de R$ 180 milhões para a companhia. Isso deve impulsionar a margem EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, na sigla em inglês) para um recorde de 18,5% (que ficaria em torno de 16,5% em termos normalizados). Esses resultados sustentarão o valuation exagerado do papel, que atualmente está com P/L (preço sobre lucro) de 19 vezes.
Os analistas esperam que a Ambev registre resultados satisfatórios em relação ao quarto trimestre do ano passado, com melhora ligeira no volume de vendas e na queda de custos assim como nas pressões com relação às despesas com vendas. A previsão da equipe do Santander é de volume de cerveja para o Brasil se expandindo 2% na comparação com o quarto trimestre de 2013, contra resultado estável no terceiro trimestre de 2014 e um aumento de preço de 6%. Já em relação a refrigerantes, a expectativa é de manutenção do recuo de volume, caindo 1,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior. “Apesar dos números de volume em expansão, acreditamos que os resultados não devem causar movimentação no mercado, pois os investidores ainda estão preocupados com a dinâmica de elasticidade-preço para 2015, quando devem ocorrer elevações nos impostos”, aponta a Santander Corretora.
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